terça-feira, novembro 28, 2006

Metro do Porto: Condutor entrou no túnel «por distracção»

Diário Digital

Diário Digital / Lusa

27-11-2006 13:09:47





O automobilista que entrou hoje de madrugada de carro num túnel do metropolitano do Porto, fê-lo por desconhecer completamente que havia metro na cidade, disse à agência Lusa fonte da PSP do Porto.

A fonte referiu que o condutor, residente fora do Grande Porto, alegou «desconhecer completamente» que havia metro entre o Porto e Gaia.

Segundo a fonte, ele não reparou na abundante sinalização vertical e horizontal existente ao longo de todo o canal na Avenida da República, em Gaia, proibindo o acesso ao mesmo.

«Isto só pode ter sucedido por absoluta distracção ou por grave negligência do condutor, uma vez que a proibição de acesso ao canal do metro está claramente evidenciada ao longo de toda a via» disse à Lusa, fonte do Metro do Porto.

Acrescentou que «estas situações podem suceder no Metro do Porto, tal como acontece condutores entrarem em auto-estradas na contramão, apesar da sinalização existente».

O automobilista, com cerca de 50 anos, entrou cerca das 06:50, no canal do Metro do Porto em Gaia, acedendo ao tabuleiro superior da Ponte D. Luís I, por uma via destinada à passagem de veículos de emergência.

Esta via, que foi criada para proporcionar um canal de acesso rápido para ambulâncias e veículos de bombeiros em caso de acidente catastrófico, tem como única saída, do lado do Porto, o túnel do metro.

«O objectivo é evitar que em caso de acidente, as ambulâncias ou os veículos de emergência tenham de fazer um grande desvio para atravessar o rio», explicou a fonte.

O canal do Metro à superfície está ao mesmo nível dos canais rodoviários, mas ao entrar nos túneis os carris passam a ficar salientes, assim como as travessas.

Este túnel começa à saída da ponte, para quem vem de Gaia, e desce para as na zona das estações de S. Bento e Aliados, na baixa do Porto.

«O mais incrível é que o condutor entrou no túnel e prosseguiu a sua marcha durante centenas de metros, aos solavancos, em cima dos carris e das travessas, só tendo parado 30 metros após passar a estação de S. Bento, já a caminho da estação dos Aliados», disse a fonte do Metro do Porto.

O metro do Porto circula em superfície em Gaia e na periferia da cidade e em túnel na zona da Baixa do Porto.

Devido ao incidente, a circulação do Metro do Porto esteve hoje de manhã condicionada entre as estações da Trindade e S. Bento, das 06:50 às 10:10, encontrando-se já restabelecida.

A fonte recordou que um já outro automobilista fez exactamente o mesmo percurso porque estava embriagado, o que não se verificou neste caso, de acordo com a PSP, que se limitou a levantar um auto sobre o sucedido, não tendo detido o condutor.

«Além das contra-ordenações previstas no Código da Estrada por ter desrespeitado toda a sinalização que impede o acesso ao canal do metro, o condutor deverá ser objecto de um processo de indemnização cível, pelos prejuízos decorrentes da paragem provocada no serviço do Metro do Porto, que não são tão poucos como isso, dado tratar-se de uma hora de ponta», disse a fonte da empresa.


terça-feira, novembro 14, 2006

Metro colheu homem na marginal de Leixões

Jornal de Notícias


Carla Sofia Luz

Alguns minutos de distracção bastaram para que o acidente acontecesse. Um homem de 38 anos foi colhido, anteontem à noite, pelo metro na marginal do Porto de Leixões, em Matosinhos. As consequências do sinistro acabaram por ser menores do que o susto. Ainda assim, a vítima tem várias fracturas e lesões na bacia e na perna direita, mas não corre risco de vida.

É o primeiro atropelamento da história do metro do Porto. Desde a inauguração da Linha Azul em 2002 tem-se registado pequenos acidentes, em particular colisões sem gravidade com outras viaturas. Este sinistro ocorreu às 23.50 horas, a poucos metros do témino da Linha Azul, na Avenida do Engenheiro Duarte Pacheco, entre as estações do Mercado e da Senhora da Hora. De acordo com informações fornecidas por fonte da Empresa do Metro, o peão estava a caminhar na área relvada, junto aos carris, enquanto falava ao telemóvel.

"O agente de condução buzinou muitas vezes para o avisar, mas, quando se aproximou dele, o peão fez um movimento para o lado dos carris", acrescenta a mesma fonte. Admite-se que a vítima se tenha assustado com a proximidade do metro e fugido para o lado errado. O condutor parou a composição, mas o homem ficou com parte do corpo debaixo do veículo.

Apesar do impacto e dos ferimentos, não perdeu consciência. Os Bombeiros Voluntários de Leixões foram os primeiros a prestar assistência no local, tendo solicitado a colaboração dos Sapadores do Porto para levantar a composição e retirar a vítima de 38 anos. A operação demorou cerca de 40 minutos.

O ferido foi conduzido ao Hospital de São João, no Porto, e encontra-se estável. Ontem à tarde, permanecia hospitalizado.