domingo, dezembro 30, 2007

Metro manda reservar canal para linha S. João/Maia

Jornal de Notícias


Hugo Silva

A Empresa do Metro solicitou à Câmara da Maia que reserve canal para a construção da segunda linha no concelho. A carta, incluindo o mapa com o traçado previsto para o prolongamento da Linha Amarela a partir do Hospital de S. João (Porto), chegou à Autarquia no dia 14 do mês passado. Todos os projectos de urbanização e de edificação para as zonas em causa terão de ser remetidos pela Câmara à Metro, para que a empresa dê o seu parecer. A linha já foi colocada no Plano Director Municipal.

Apesar da segunda linha da Maia não ser considerada prioritária nem sequer estar prevista na proposta de alargamento da rede elaborada pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), a sua execução não foi posta de lado. Essa é a convicção de Bragança Fernandes, presidente da Câmara da Maia, perante a missiva enviada pela empresa. Que especifica o canal proposto, incluindo uma alteração ao que estava previsto há já alguns anos agora, a Metro do Porto propõe um desvio para aproveitar parte do ramal ferroviário de Leixões na zona de S. Gemil.

O traçado atravessa as freguesias mais populosas do concelho - Pedrouços, Águas Santas, Milheirós, Gueifães e Maia - e, segundo Bragança Fernandes, servirá uma população entre 60 e 70 mil pessoas. O autarca sublinhou que a elaboração dos estudos para aquela linha está contemplada no memorando de entendimento assinado entre a Junta Metropolitana do Porto (JMP) e o Governo para a segunda fase do metro e recordou que, na última reunião da JMP, ficou assegurada a sua execução, bem como da segunda linha de Gaia.

"Confiamos na Junta Metropolitana, na Administração e na Comissão Executiva da Metro. Se esta linha não se fizesse seria um crime. A Maia foi o concelho que mais cresceu nos últimos anos e não se compreenderia que ficasse de fora da expansão da rede", referiu, ao JN, Bragança Fernandes. O autarca admite, porém, "quando houver dinheiro" e "o Governo assim o entender". E só depois da linha de Gondomar e das extensões das linhas da Trofa e de Gaia.

O estudo elaborado pela Faculdade de Engenharia, coordenado pelo professor catedrático Paulo Pinho, apontou como prioridades para a expansão da rede a linha Matosinhos/Boavista, a linha Senhora da Hora/S. João, a segunda linha de Gaia, uma linha circular subterrânea no Porto e a extensão da Linha Amarela até Vila d'Este. Avança, ainda, com o prolongamento da linha de Gondomar desde a Venda Nova até ao centro do concelho, com um pequeno desvio ao traçado inicialmente previsto.

Bragança Fernandes, que também é presidente da Assembleia Geral da Metro, entende que o estudo é apenas indicativo e que a segunda linha da Maia vai mesmo avançar. O autarca lembrou que através daquela linha será possível uma futura ligação ao concelho de Valongo.

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Não será necessário expandir o metro para além das linha

Jornal de Notícias


Hugo Silva

Paulo Pinho coordenou o estudo da Faculdade de Engenharia do Porto para a expansão da rede do metro. O professor catedrático admite que a linha circular central proposta será a que maior impacto terá na rede e sublinha que nos pressupostos do estudo também esteve presente a preocupação de reforçar a coesão territorial. Até porque, alerta, as assimetrias no Porto são hoje um problema sério.


Consciente da polémica inerente à sugestão de colocar o metro na ponte da Arrábida, sobre o Douro, Paulo Pinho, professor catedrático da Faculdade de Engenharia do Porto, esclarece que tal projecto só é possível quando estiver pronta a CREP (Circular Regional Externa do Porto) e se houver portagens para afastar o tráfego de atravessamento da actual VCI.



JN|O estudo para a expansão do metro não será demasiado "portocêntrico"?



Paulo Pinho|Tenho consciência de que algumas pessoas vão achar isso, mas é preciso perceber que tipo de área metropolitana temos. Todo o núcleo central está em perda. Sabendo nós que a capacidade de expansão para o exterior está limitada, temos um núcleo central que precisa de ser requalificado. Acontece que este núcleo central é no Porto. Não há nenhuma preocupação em favorecer este ou aquele concelho. Temos uma zona em perda e a vitalidade da área metropolitana depende da força do núcleo central.



Um dos municípios que mais cresceu demograficamente, a Maia, não é contemplado na expansão prevista...

A Maia está servida de metro. Por outro lado, uma das propostas que fazemos, ligando S. Mamede ao núcleo da Asprela e ao Hospital de S. João, vai servir bem a Maia, porque permite rebater e evitar o congestionamento da linha central da rede actual. Fizemos vários estudos, com várias alternativas e, neste momento, a evidência que temos é de que, relativamente a outras soluções que estão na mesa, essa não nos parece ter a mesma importância.



Tecnicamente, qual lhe parece ser a linha prioritária?

Tenho a convicção de que uma das linhas que terá um efeito maior e mais espectacular será a linha circular central. Está concebida para permitir um aumento substancial da flexibilidade no funcionamento de toda a rede e para servir um conjunto de pontos no núcleo central da área metropolitana que têm possibilidades de gerar um volume muito significativo de deslocações. Mas todas as propostas foram concebidas e avaliadas com base nos mesmos critérios onde estavam as pessoas, os empregos, os serviços e o comércio, percebendo que esses são os grandes geradores de deslocações. O metro é um sistema de transportes.



Ou seja, não deverá promover-se, através do metro, a urbanização de novas zonas.

Isso está completamente fora daquilo que é a nossa realidade. O nosso problema actual é saber como vamos encontrar pessoas para povoar as casas que temos. Um outro problema, que tem vindo a agravar-se e tem de ser encarado com seriedade, é a divisão muito significativa da cidade, quase que em duas cidades a ocidental e a oriental. Esta crescente discrepância entre uma zona com mais recursos, com população mais educada, e uma outra zona, em que se vão concentrando problemas económicos e sociais, começa a vir à tona, com problemas de segurança pública e de violência. Um dos aspectos que presidiu à concepção desta rede foi exactamente dar coesão territorial a esse espaço, que é uma condição indispensável para a coesão social.



Se todas as linhas previstas forem feitas ainda há espaço para o metro se expandir?

Com a área metropolitana que agora temos, tenho a sensação que, de facto, não. Não estou a ver necessidade de expandir mais do que este conjunto de propostas que fazemos agora. Pensando a uma escala de cinco/dez anos, esta é a proposta que maximiza a implantação do metro.



Quer explicar melhor a proposta de pôr o metro a circular na ponte da Arrábida?

É uma hipótese que tem de ser vista com cuidado e ponderação. Temos um sistema de circulação em que todo o tráfego de atravessamento, pesado e ligeiro, passa nas cidades do Porto e de Gaia, através da VCI. Uma vez concluída a CREP, e apenas nessa circunstância, temos todas as condições para libertar a VCI desse tráfego. Nessas circunstâncias, e apenas nessas circunstâncias, entendemos que a actual ponte da Arrábida pode ser uma solução. Uma solução que contribua, inclusivamente, para se avançar, depois, com a qualificação de toda a VCI, que poderia tornar-se numa via muito mais urbana. Esta opção só é possível e desejável se e quando a CREP estiver concluída e se houver uma política de portagens que desincentive a entrada no núcleo central da área metropolitana e que mantenha o tráfego pesado fora.



Defende então, portagens à entrada da cidade?

O que defendo é que a política de portagens dê uma indicação clara por onde deve passar o tráfego pesado e ligeiro de atravessamento. Isso deve ser feito no sentido de penalizar a sua entrada no núcleo central da área metropolitana e despenalizar quando circula por fora.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Toda a noite a funcionar

Metro do Porto


Passagem de Ano no Metro


A Passagem de Ano 2007/08 é no Metro do Porto. O hábito de manter toda a rede em funcionamento durante toda a primeira noite do Ano Novo mantém-se e, como também é da tradição, com um forte reforço da operação. Como sempre, com a maior comodidade, rapidez e segurança.
Na noite de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro, entre as 22H00 e as 2H00, as linhas Azul e Amarela asseguram uma frequência de passagem de 10 minutos. Depois, entre as 2H00 e as 6H00, o intervalo entre veículos passa a ser de 15 minutos. A oferta desenhada visa servir os principais pólos de animação da Área Metropolitana, com destaque para a festa popular levada a cabo na Avenida dos Aliados.
As linhas Vermelha e Verde, por sua vez, apresentam uma frequência de 30 minutos, entre as 22H00 e as 2H00. Entre as 2H00 e as 6H00, ambas as linhas, com destino à Povoa de Varzim e ao ISMAI, respectivamente, têm uma frequência de 60 minutos. Nos dois casos e apenas a partir das 2H00 o serviço faz-se apenas a partir da Senhora da Hora, estação na qual pode ser efectuado o transbordo com as restantes linhas.
Nesta Passagem de Ano, a excepção à regra de funcionamento contínuo é a Linha Violeta, cujo serviço comercial, como é normal, termina à 1H00.

O Metro do Porto recomenda a compra ou o carregamento antecipado dos títulos Andante necessários às suas deslocações.

Metro do Porto, 26 de Dezembro


segunda-feira, dezembro 17, 2007

Câmara de Gaia apoia extensão até Vila d`Este

Diário Digital


O vice-presidente da Câmara de Gaia, Marco António Costa, manifestou-se hoje favorável à extensão da linha do Metro do Porto até à Urbanização de Vila d'Este, que tem mais habitantes que muitas cidades portuguesas.

«Os estudos recentemente divulgados revelam que Gaia é um território fértil para o desenvolvimento do metro. No caso de Vila d'Este, o prolongamento da linha, além de servir a população daquela urbanização, permitirá apoiar o actual e o futuro centro hospitalar e o Média Park, nas instalações da RTP», afirmou o autarca, em declarações à Lusa.

Na perspectiva de Marco António Costa, o prolongamento da Linha Amarela (Hospital S. João/João de Deus) até Vila d'Este resultará «num serviço importante em termos de procura».

A Associação dos Proprietários da Urbanização Vila d'Este, em Gaia, apelou hoje a que a segunda fase do Metro do Porto contemple o prolongamento da linha amarela até esta urbanização.

O apelo surgiu na sequência da apresentação de um estudo sobre a segunda fase do Metro do Porto, que aponta para uma elevada procura deste transporte na extensão a sul da linha amarela, que termina actualmente na estação João de Deus, na Avenida da República, em Gaia.

Nas declarações que prestou à Lusa, o vice-presidente da Câmara de Gaia salientou ainda, relativamente à expansão da rede de metro no concelho, que os estudos divulgados apresentam «índices de procura que asseguram a consistência económica do projecto».

«Gaia é o terceiro concelho mais populoso do país, o que faz com que qualquer extensão do metro seja um serviço público«, frisou.

Marco António Costa revelou, por outro lado, que aguarda para breve a entrega do relatório do estudo que a Parque Expo está a elaborar sobre o futuro Interface de Laborim, que vai integrar a rede do Metro do Porto.

Este interface, que terá estacionamento para veículos de transporte público de passageiros e para veículos privados, além de uma grande estação do metro, vai assumir-se como o principal pólo na parte sul da rede, como contraponto ao papel que a estação da Trindade, no Porto, desempenha na parte norte.




Diário Digital / Lusa

13-12-2007 17:11:00


domingo, dezembro 09, 2007

5 anos de MP

RTP

Oliveira Marques vai deixar presidência

Dinheiro Digital


O presidente da Comissão Executiva da Administração do Metro do Porto, Oliveira Marques, anunciou hoje que não tenciona continuar no cargo no próximo mandato.

Numa entrevista ao Público, Oliveira Marques disse que, para a segunda fase de construção da rede do Metro do Porto, vai propor ao Governo a construção de uma linha circular subterrânea, à semelhança da Linha 14 do Metro de Paris, que ligará todas as cinco actualmente em operação, que têm um desenho radial.

A proposta prevê que esta linha, com um perímetro de cerca de nove quilómetros, seja equipada com veículos totalmente automáticos, sem condutor, em funcionamento ininterrupto.

A linha circular teria pontos de união com as já existentes na Casa da Música, S. Bento, Campanhã e Pólo Universitário, servindo várias zonas muito populosas que estão fora da rede do Metro, como sejam Fernão de Magalhães, Costa Cabral, Campo Alegre, Palácio de Cristal, Leões e Clérigos.

Na segunda fase do Metro do Porto está já prevista a construção de três linhas, a de Gondomar, a ligação entre a Boavista e Matosinhos/Sul e a segunda linha de Gaia, que ligará Oliveira do Douro, Arrábida e o Campo Alegre.

Oliveira Marques, que é presidente executivo do Metro do Porto desde 1999, termina no final do ano mais um mandato como presidente executivo da empresa, devendo permanecer, porém, até à apresentação das contas do exercício de 2007, no final do primeiro trimestre de 2008.

Até lá, provavelmente em Fevereiro, deverá realizar-se a eleição de novo Conselho de Administração.

Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEUP), Oliveira Marques doutorou-se em Finanças Empresariais, pela Universidade de Strathclyde (Glasgow, Escócia), sendo professor da FEUP.

É também presidente dos TIP - Transportes Intermodais do Porto, agrupamento complementar de empresas que gere o sistema de bilhética Andante, comum ao Metro do Porto, STCP, comboios suburbanos da CP/Porto e às várias empresas de transporte rodoviário do Grande Porto aderentes.

A sua larga carreira como gestor inclui a passagem pelas administrações de dezenas de empresas, nomeadamente a Salvador Caetano, Banco Borges & Irmão, S.A., Hidroeléctrica de Cahora- Bassa, S.A., Aliança Seguradora, CISF, Clipóvoa, Pórtis, Soserfin, Ocidental Holding, COFIPSA, Incofina, Águas do Douro e Paiva, e Sopete, Efacec e STCP, entre outras.

É considerado como «o homem que pôs o Metro do Porto nos carris», já que a sua gestão abrangeu todo o período da construção da rede do Sistema de Metro Ligeiro da Área Metropolitana do Porto, hoje com cinco linhas, cerca de 60 quilómetros de extensão e 69 estações em funcionamento.

O Metro do Porto comemora hoje o quinto aniversário sobre a sua inauguração oficial em 2002, quando abriu o primeiro troço da Linha Azul, entre as estações da Trindade e do Senhor de Matosinhos.

Os alargamentos sucederam-se rapidamente até à conclusão da primeira fase, com a inauguração da Linha Violeta, em Maio de 2006.

Os dados de operação relativos a estes primeiros cinco anos registam uma média de 190 mil clientes/dia útil, equivalente a cinco milhões de passageiros por mês.

Desde a entrada em serviço comercial, em Janeiro de 2003 até ao final de Novembro deste ano, a rede contabilizou já mais de 116 milhões de validações, tendo as suas composições percorrido mais de 19 milhões de quilómetros, ao longo de mais de 33 mil horas de serviço.




Diário Digital / Lusa

07-12-2007 7:00:00

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Metro sem condutor no subsolo do Porto

Jornal de Notícias


Hugo Silva

A Empresa do Metro vai propor ao Governo a construção de uma linha circular subterrânea no Porto, cuja operação será totalmente automática - os veículos não precisarão de condutores e poderão circular ininterruptamente durante o horário de funcionamento do sistema.

A proposta faz parte dos estudos para as linhas da segunda fase da rede e, segundo as expectativas dos responsáveis da Empresa do Metro, poderia duplicar o número de utilizadores do sistema, que regista, actualmente, quase 200 mil validações por dia. Até porque a nova linha permitiria servir zonas de grande concentração de pessoas no Porto, como Fernão Magalhães/Costa Cabral, Rotunda da Boavista, Campo Alegre, Palácio de Cristal e Leões/Clérigos. A ideia já terá sido alvo de conversas entre responsáveis da empresa e membros do Governo, que não terão fechado totalmente as portas ao projecto.

A linha circular automática tem uma extensão de aproximadamente nove quilómetros e percorre o subsolo do Porto, interceptando linhas de metro já existentes em pontos estratégicos, designadamente Pólo Universitário, Casa da Música, S. Bento e Campanhã.


Mais passageiros

O objectivo é "contrabalançar a estrutura essencialmente radial" da rede já construída e em operação. A linha automática será transversal às que já existem, permitindo uma articulação que potenciaria o aumento do número de passageiros. A Metro do Porto recorda que três das principais linhas propostas para a segunda fase da rede - Gondomar, Matosinhos Sul /Boavista e segunda de Gaia (passando por Oliveira do Douro, Arrábida e Campo Alegre) - também se articularão com esta circular subterrânea, "aumentando o seu potencial de atractividade".

Com um investimento estimado em cerca de 180 milhões de euros, os estudos já elaborados admitem que o projecto poderia ser qualificado, pelo Governo, como PIN (Projecto de Potencial Interesse Nacional). A construção de uma linha de características automáticas deverá obrigar a Metro do Porto a adquirir veículos próprios, com a tecnologia adequada para dispensar a presença de condutores.

O projecto inspira-se na linha 14 do metro de Paris (França), que funciona entre as estações de Saint Lazare e da Biblioteca François Miterrand. Com oito estações e oito quilómetros de extensão (percorridos em cerca de 13 minutos pelos veículos), trata-se da segunda linha automática (depois de Orlyval), "mas a primeira totalmente integrada no sistema de metro".

Tudo automático

À semelhança do que acontece com aquela linha automática francesa, também na do Porto se eliminará a presença de condutores nos veículos. Tudo será automático, embora o sistema também seja supervisionado pelo posto central de comando da empresa.

Os veículos poderão circular ininterruptamente, com frequências de passagem bastante elevadas. Uma situação que derivará, também, do facto da linha ser totalmente subterrânea e, portanto, não existirem obstáculos à circulação dos veículos. Caso a linha venha a ser concretizada, será preciso definir um túnel de entrada e de saída das composições.

Reverter "declínio"

Nas estações de intersecção, a plataforma da linha automática deverá ficar sob os cais de embarque actuais, ainda que estes sejam subterrâneos.

Implantando-se a linha no núcleo central da Área Metropolitana e da cidade do Porto, os responsáveis da Metro acreditam que aquela estrutura será importante para reverter os "preocupantes e persistentes sinais de declínio" daquela zona "nas últimas décadas".



Custos das obras no Porto e custos das obras em Lisboa

20 milhões por quilómetro

A linha circular automática proposta pela Metro do Porto, com cerca de nove quilómetros de extensão, implica um investimento na ordem dos 180 milhões de euros. Feitas as contas, esta linha totalmente subterrânea terá um custo de cerca de 20 milhões de euros por quilómetro. A sua construção seria incluída na segunda fase da rede de metro do Porto, cujos estudos continuam a ser desenvolvidos. Garantidas, para já, estão a linha de Gondomar até Rio Tinto, a extensão da Linha Verde até à Trofa (em via dupla ou em via simples, com o canal preparado para a duplicaçáo) e o prolongamento da linha de Gaia.



100 milhões por quilómetro

O metropolitano de Lisboa vai ter em operação, dentro de pouco tempo, mais u m troço. Trata-se da extensão da Linha Azul entre a Baixa-Chiado e a estação de Santa Apolónia, com passagem pelo Terreiro de Paço. Pouco mais de dois quilómetros custaram 299,5 milhões de euros, ou seja, quase 100 milhões por quilómetro. O preço inicial era de 165 milhões, mas problemas que ocorreram na construção do túnel (aliás, a obra vai ser inaugurada com uma década de atraso) motivaram o aumento substancial dos custos. Mesmo com o preço inicial, o custo por quilómetro seria de aproximadamente 82 milhões.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Um Dia de Vida em Movimento

Metro do Porto



O Metro do Porto comemora esta sexta-feira, dia 7 de Dezembro, o quinto aniversário sobre a sua inauguração oficial, Oficialmente inaugurado a 7 de Dezembro de 2002, o Sistema de Metro Ligeiro da Área Metropolitana do Porto, hoje com cinco linhas, cerca de 60 quilómetros de extensão e 69 estações em funcionamento.
Após a abertura da Linha Azul, entre as estações da Trindade e do Senhor de Matosinhos, a rede do Metro do Porto foi registando sucessivos alargamentos até à conclusão da sua primeira fase, com a inauguração da Linha Violeta, em Maio de 2006.
Os dados de operação relativos a estes primeiros cinco anos são bem significativos da dimensão do sistema e do seu impacto no quotidiano dos cidadãos. Actualmente com uma média de 190 mil clientes/dia útil, o Metro transporta já cerca de 5 milhões de pessoas por mês. Desde a entrada em serviço comercial, em Janeiro de 2003 até ao final de Novembro deste ano, a rede contabilizou já um total de 116.761.745 validações. Em idêntico período, as composições do Metro do Porto percorreram mais de 19 milhões de quilómetros, ao longo de mais de 33 mil horas de serviço.


Um dia de Vida em Movimento


As comemorações do 5º Aniversário do Metro estão centradas na própria rede e são dirigidas a todos os públicos. Em parceria com instituições com quem mantém parcerias, o Metro preparou um vasto conjunto de eventos culturais e animações que marcam a Área Metropolitana do Porto a partir de 7 de Dezembro.
A Estação da Trindade expõe a mostra Metro de Prata, que reúne a colecção da Bienal da Prata e integra peças de autores como Albuquerque Mendes, Álvaro Siza Vieira, Ângelo de Sousa, Armando Alves, Eduardo Souto Moura, Jaume Plensa, José Pedro Croft. Julião Sarmento, Paulo Lobo e Pedro Cabrita Reis, entre outros. Uma exposição patente, de 7 de Dezembro a 7 de Janeiro, no mezanino inferior desta estação. Também na Trindade, a partir das 10H00 de 7 de Dezembro, actua o Coro da Escola das Artes da Universidade Católica do Porto. Na Praça exterior desta estação e até 21 de Dezembro, decorre a Festa do Livro no Metro, uma feira levada a cabo em associação com a editora Calendário.
A estação de S. Bento é cenário para a dança e palco para a música. No dia do 5º Aniversário do Metro, às 12H00, a coreografa Né Barros executa a Performance #8 e, para as 19H00, está programado o Concerto da Banda Sinfónica Portuguesa.
Durante todo o dia, a Estação dos Aliados apresenta Curtas Metragens do Festival Black & White da Universidade Católica. Ainda na Linha Amarela e às 18H30, a música chega à Estação do Marquês. Trata-se de um Concerto de Música Sacra pelo grupo Anima Mea. Esta linha, em toda a sua extensão e em todos os períodos horários, desde Vila Nova de Gaia ao Hospital de S. João, conta com a animação do grupo Batucada Radical.
A Estação do Bolhão, às 18H00, transforma-se em sala de teatro. Entra em cena a Companhia Visões Úteis para interpretar a peça «O Contrabaixo».
Mais tarde, às 19H00, o mezanino poente da Estação Casa da Música recebe o Concerto da Big Band.
As comemorações do 5º Aniversário não se restringem ao Porto nem às estações subterrâneas do Metro. A animação estende-se às estações da Póvoa de Varzim, de Vila de Conde, do Fórum Maia e da Câmara de Matosinhos, com actuações de Circo de Rua.
Voltando ao Porto e em colaboração com a Faculdade de Belas Artes, o Metro expõe instalações de alunos nas estações do Bolhão, do Campo 24 de Agosto, da Trindade, de Faria Guimarães e do Estádio do Dragão.


Veja, aqui, o projecto «encontro-te no Metro», de alunas da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.


Metro do Porto, 5 de Dezembro

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Lançamento do Livro "A História do Metro do Porto"

Maia Hoje

2007-12-05 14:35:17 - Redação


«A História do Metro do Porto» é o título do livro que a Metro do Porto e a editora Calendário editam e apresentam ao público no dia 10 de Dezembro. Trata-se de uma edição que, ao longo de 240 páginas, relata os passos dados em todos os momentos do projecto – desde o aparecimento da ideia, nos anos 80 do Século XX, até à actualidade, descrevendo fases como o desenho da rede, as negociações entre os municípios e os vários governos, o lançamento do concurso público internacional, o arranque e as diversas etapas da obra e todas as datas de inauguração de linhas.

Com textos dos jornalistas António Moura, Artur Carvalho, Carlos Magno, Germano Silva, Joana Fillol e Jorge Fiel – e coordenação geral de Jorge Morgado, responsável pelo Gabinete de Comunicação da Metro do Porto –, este livro reúne depoimentos inéditos de alguns do principais protagonistas da história daquela que é a maior rede de metropolitano jamais construída de uma só vez. Com base numa pesquisa profunda e detalhada, todo o desenvolvimento do projecto, incluindo as maiores dificuldades que houve que superar, as inovações tecnológicas que foram atingidas e a avaliação do desempenho do sistema e do seu retorno socio-económico, é cuidada e pormenorizadamente tratado.

«A História do Metro do Porto» faz também o paralelo entre os avanços do projecto e a realidade cultural da Área Metropolitana do Porto e do País ao longo das duas últimas décadas. Com concepção e design gráfico do escultor João Machado, as páginas de «A História do Metro do Porto» estão marcadas por algumas das mais espectaculares fotografias relativas aos vários momentos da vida do Metro, da autoria de diversos autores portuenses.

O livro «A História do Metro do Porto» é publicamente apresentado no dia 10 de Dezembro, às 18H00, no Hotel Sheraton Porto, numa sessão que conta com a presença dos autores, de membros do Conselho de Administração da Metro do Porto, SA e da editora Calendário, estando, desde o mesmo dia, disponível nas principais livrarias de todo o País.

A linha que se segue

Matosinhos Hoje


Na próxima sexta-feira passam cinco anos desde a inauguração oficial da primeira linha do sistema de metro ligeiro da Área Metropolitana do Porto.


Cinco anos volvidos, o Metro do Porto tem hoje cinco linhas, uma rede com cerca de 60 quilómetros de extensão, 69 estações e serve perto de cinco milhões de pessoas por mês.
Matosinhos foi o primeiro concelho onde arrancaram as obras e foi o primeiro a ter ligação directa ao Porto, mais concretamente à Estação da Trindade.
A 7 de Dezembro de 2002, o então Primeiro-Ministro Durão Barroso inaugura a Linha Azul (A), numa cerimónia que teve lugar na Estação da Casa da Música.
Dado o elevado interesse e adesão por parte da população, o Conselho de Administração da empresa decide que até ao final desse ano a circulação no metro é gratuita.
A operação experimental do Metro do Porto durou cerca de 19 semanas e ficou concluída a 17 de Novembro. Só nesse período cerca de 700 mil passageiros experimentaram este novo meio de transporte, desde a Estação do Senhor de Matosinhos até à Trindade.
A 1 de Janeiro de 2003 arranca a operação comercial do metro. A 6 de Março, é registada a validação do cliente 1 milhão.
Em 2004, o metro ganha outra dimensão com o Campeonato Europeu de Futebol. A 5 de Junho, a Linha Azul (A) ganha uma nova extensão e passa a estar ligada até ao Estádio do Dragão.
A 12 de Junho tem início o Euro 2004 no Porto. O metro é responsável pelo transporte de cerca de 30 por cento dos espectadores que assistem aos jogos disputados nos estádios do Bessa e Dragão.
Além de Matosinhos e Porto, outros concelhos da Área Metropolitana do Porto passaram a ser servidos por este meio de transporte como Maia, Vila Nova de Gaia e Póvoa de Varzim.
Em curso está a segunda fase da Linha Amarela, em Gaia, até Santo Ovídio. Em marcha está também a linha de Gondomar (troço Estádio do Dragão- Vendas Novas), cujo concurso público foi já lançado.
Para Matosinhos está a ser equacionada, segundo o presidente da Câmara Municipal, a linha Senhora da Hora/S. Mamede de Infesta/ Custóias: "é uma linha extremamente importante, pela qual me bati aquando das negociações entre Governo e Junta Metropolitana do Porto, porque é essencial servir um conjunto de população bastante denso".
Quanto à ligação a Leça da Palmeira, o autarca considera fundamental encontrar uma boa solução, porque "o traçado que foi idealizado não me parece que seja o mais virtuoso e a Câmara vai desenvolver esforços no sentido de encontrar uma solução que permita que a parte norte da cidade não fique excluída do metro. Também temos que encontrar uma solução que não faça com que o metro seja uma inutilidade".
Para Guilherme Pinto, valeu a pena todos os sacrifícios sentidos, principalmente, pelos comerciantes: "eu acho que valeu a pena. Tenho a percepção que os matosinhenses aderiram em massa a este novo meio de transporte. A linha de Matosinhos é uma das mais frequentadas. Foi com grande paixão que acompanhei, metro a metro, a execução da obra em Matosinhos. Na altura liderei um grupo de trabalho que desenhou a inserção do metro em Matosinhos".

Números
Desde 1 de Janeiro de 2003, a Linha Azul (A), entre as estações Senhor de Matosinhos e Vasco da Gama, tem sido cada vez mais utilizada e o número de validações cresceu 7,62%. Até 27 de Novembro deste ano, foram registadas 13 milhões 533 mil 740 validações.
No troço compreendido entre a Senhora e o Estádio do Dragão (canal partilhado pelas linhas Azul, Vermelha, Verde e Violeta), o número de validações atingiu os 71 milhões 250 mil 912.
Analisando as actuais cinco linhas, constatamos que a Linha Amarela sofreu o maior aumento (25,67%), desde que entrou em funcionamento em 2005. Em dois anos, registou mais de 22 milhões de validações. Segue-se a Linha Azul, Linha Vermelha (quase 6 milhões em dois anos), Linha Verde (cerca de 4,5 milhões desde 2005) e Linha Violeta (quase 500 mil em pouco mais de um ano).
No total, o metro do Porto registou desde o início da operação comercial quase 118 milhões de validações.

Comemorações
As comemorações do 5º Aniversário do Metro estão centradas nas estações do Porto, com exposições, música, dança, cinema, teatro, instalações e visitas guiadas à Casa da Música.
Para as estações da Câmara de Matosinhos, Fórum da Maia, Póvoa de Varzim e Vila do Conde estão também previstas actuações de circo de rua.

terça-feira, dezembro 04, 2007

Metro do Porto comemora cinco anos com feira do livro

Diário Digital


Uma feira do livro pode ser visitada a partir de hoje na praça exterior à Estação da Trindade, no Porto, numa iniciativa integrada das comemorações dos cinco anos da inauguração do Metro do Porto, disse hoje à Lusa fonte da empresa.

Denominada Festa do Livro no Metro, a feira, que é uma iniciativa conjunta da Metro do Porto e da editora Calendário, decorre numa tenda especialmente montada para o efeito.

«Estão disponíveis cerca de 12 mil títulos de todas as áreas temáticas, das mais variadas editoras desde o romance ao infanto-juvenil, passando pelo ensaio e a banda desenhada», disse à Lusa Francisco Madruga, da Editora Calendário.

Este responsável referiu que os livros são oferecidos com descontos da ordem dos 50% nos livros mais antigos e de 20% nos mais recentes.

«A esmagadora maioria dos livros têm preços entre 1,5 e os 10 euros, embora haja uma pequena faixa muito limitada de livros com preços superiores», disse Francisco Madruga.

O certame funciona todos os dias entre as 09:00 e as 20:00 até ao próximo dia 21 de Dezembro.


Diário Digital / Lusa

30-11-2007 16:21:00