segunda-feira, janeiro 28, 2008

Maquinistas em greve contra interrupção de negociações

TSF
( 09:32 / 28 de Janeiro 08 )


Os maquinistas do Metro do Porto paralisaram esta segunda-feira entre as 7:00 e as 9:00 em protesto contra a interrupção das negociações para um Acordo de Empresa e a Regulamentação de Carreiras. Estes funcionários repetem esta greve neste mesmo horário até sexta-feira.

Os maquinistas do Metro do Porto paralisaram durante a manhã desta segunda-feira, entre as 7:00 e as 9:00, em protesto contra a interrupção das negociações sobre o Acordo de Empresa e a Regulamentação de Carreiras.

Ouvido pela TSF, o sindicalista Ilídio Pinto explicou que o acordo de trabalho que os funcionários do Mero portuense pretendem «pressupõe um regime de trabalho, um horário, as entradas e saídas de serviço».

«A Transdev obriga os trabalhadores a entrara a qualquer hora do dia e da noite. Quem assume as custas deste transporte é o trabalhador e o trabalhador quer que a Transdev assuma, se não em todo, parte desses mesmos custos», explicou.

Este sindicalista do Sindicato dos Maquinistas exigiu ainda um Regulamento de Carreiras, onde haja «progressão salarial e promoções equilibradas que não sejam discriminatórias e se perspective um futuro melhor para a empresa e para o trabalhador».

Ilídio Pinto contestou ainda o facto de terem sido estabelecidos serviços mínimos para esta paralisação, serviços mínimos que vão ser contestados em tribunal e que, em alguns serviços, exigiram a presença de cem por cento dos trabalhadores.

«Chamam 70 ou 80 por cento dos trabalhadores para esses efectivos sem determinar exactamente e de forma concreta os trabalhadores que são necessários para os serviços mínimos», acrescentou.

Este sindicalista acusou ainda a empresa operadora do Metro do Porto de se ter aproveitado dos maquinistas contratados a prazo «para atenuar os efeitos da greve, esvaziando-a do seu conteúdo».

«Mas não desmobilizou os trabalhadores, porque eles estão determinados para reclamar o direito à contratação colectiva», concluiu.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Metro do Porto transportou 48 milhões de passageiros em

Diário Digital


O metropolitano do Porto transportou 48 milhões de passageiros em 2007, num ganho de 24,7 por cento relativamente a 2006 e que representa a «conquista» de mais 10 milhões de clientes, anunciou hoje a empresa.

Em comunicado, o conselho de administração da Metro do Porto - que aprovou hoje por unanimidade o Relatório e Contas e o Relatório de Sustentabilidade relativos ao exercício de 2007 - destacou a «significativa melhoria» dos resultados operacionais registado no ano passado, graças ao aumento do número de passageiros transportados e da racionalização da oferta.

Segundo a empresa, a taxa de ocupação em 2007 atingiu o valor médio de 16,3 por cento, numa subida de 2 pontos percentuais em relação a 2006.

Dos dados operacionais do exercício, constata-se ainda um aumento da velocidade comercial global do sistema do metro, que se situa agora nos 27,2 quilómetros/hora (mais 1,9 pontos percentuais do que no ano passado), acrescenta.

Conforme adianta ainda a empresa - que divulgará a versão integral das suas contas só após a aprovação dos seus accionistas - a Metro do Porto conseguiu no ano passado uma taxa de cobertura das receitas sobre custos operacionais de 54,6 por cento (mais 7,2 pontos percentuais do que no ano anterior).

«Trata-se de um valor altamente positivo, que não encontra paralelo nas contas de muitas das empresas de serviço público de transporte de passageiros a nível europeu», refere a empresa.


Diário Digital / Lusa

23-01-2008 18:07:00



"Senti o metro passar por cima e esperei que não me matasse"

Jornal de Notícias


Carla Cruz

"Tive a perfeita noção de que o metro estava a passar por cima de mim. Fiquei quieto e lembrei-me dos filmes em que um veículo passa e o homem escapa ileso". As palavras de João Almeida, 32 anos, fiscal da empresa Metro do Porto há três, pretendiam, ontem, descrever o que sentiu na noite anterior quando, caído na linha, sentiu uma composição do metropolitano roçar-lhe a roupa até rasgar e magoar-lhe a pele. A história parece filme. Mas não é. Para João "é milagre". Escapou ileso. Tem queimaduras na parte inferior do corpo e muitos hematomas."E tive uma estrelinha a olhar por mim".

João estava com um colega, anteontem, cerca das 19 horas, na estação dos Combatentes (Linha Amarela que liga João de Deus, em Gaia, e o Hospital de S. João, no Porto) a fiscalizar os passageiros que saíam da composição vinda do Marquês. A suspeita de que um rapaz de 15 anos não tinha validado o bilhete levou o colega a agir. O adolescente terá reagido mal à abordagem e empurrou o fiscal, aproveitando para se pôr em fuga. João foi atrás dele, agarrou-o, mas terá sido também empurrado. Para a linha.

"Bati com a cabeça no metro que já estava em andamento. E logo senti que deslizava para a linha entre as duas composições. Fiquei deitado, de costas, no meio dos carris", contou ao JN. "Recordo que tive perfeita noção de que estava o metro a passar por cima de mim. Contraí os músculos o mais que pude e esperei que o veículo passasse sem me matar." A sorte esteve do seu lado.

Na estação, a confusão instalou-se. Chamou-se o INEM para socorrer João Almeida, que chegou a perder os sentidos enquanto procurava estar quieto no meio dos carris. E foi chamada a Polícia para deter o rapaz. Diz quem viu que o adolescente estava em pânico. "Julgava que me tinha matado", relata o fiscal que, com as roupas desfeitas e muitas mossas no corpo, foi levado para o Hospital de S. João, de onde só saiu ontem, cerca das 1.30 horas.

Ontem à tarde, ao lado de João,que está acamado, a mulher Bárbara Guimarães não se cansava de falar em sorte. E até sorriu quando o fiscal teve um minuto para brincar com a situação "A minha mãe diz que estou magrinho. Eu agora até lhe digo que estou muito bem. Pelos vistos, estou no ponto ideal", gracejou.

Três vezes agredido

Este não foi o primeiro incidente em que João Almeida se viu envolvido desde que está a trabalhar para a Metro do Porto, depois de requisitado à empresa de segurança de que faz parte. Só nos últimos três meses foi agredido três vezes no exercício da sua função. E, por isso, pondera mudar de profissão. "Há uns meses, outro adolescente rebentou-me a boca. Fui transportado para o hospital e no mesmo dia em que tive alta levei um soco no nariz. Agora, tive esta queda para a linha. São muitas agressões", considera.

"Há uma enorme falta de respeito por nós. É um trabalho que algumas pessoas, principalmente os jovens, não respeitam. De duas vezes que fui agredido, apresentei queixa e os culpados saíram sempre impunes. Ou são adolescentes ou são coitadinhos e ficam sem qualquer punição", afirma o fiscal.

Desta vez, e porque as consequências poderiam ter sido muito graves, João tenciona apresentar queixa contra o agressor e seguir com o processo até às últimas consequências. A mulher apoia-o "Ele [o rapaz] tem de ter consciência de que poderia matar um homem porque não quis pagar 90 cêntimos".


terça-feira, janeiro 22, 2008

Passagem pela Av. Boavista tem grande potencial

Diário Digital



O presidente da comissão executiva da Metro do Porto, Oliveira Marques, afirmou hoje que a passagem do metro na Avenida da Boavista tem um grande potencial de captação de passageiros.

«As conclusões apontam que a Avenida da Boavista é mais eficaz», afirmou Oliveira Marques, que hoje esteve presente na reunião pública do executivo da Câmara do Porto a pedido dos autarcas, explicando o que está previsto e relativamente à expansão da rede do metro.

Segundo referiu, de acordo com o estudo realizado pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), a passagem na Avenida da Boavista é, das três opções estudadas, aquela que melhor responde ao objectivo de expandir a rede à zona ocidental do Porto.

Esta alternativa passa por fazer a ligação entre as estações Matosinhos-Sul e Casa da Música, subindo a Avenida da Boavista.

Foram ainda estudadas a hipótese de passagem pela Rua Brito Capelo, em Matosinhos, e Castelo do Queijo, desviando depois para o Campo Alegre, bem como prolongar a Linha Amarela a S. Mamede Infesta (Matosinhos) e depois Senhora da Hora.

«O corredor Campo Alegre é alternativo à Boavista, mas nenhum deles é alternativo a S. Mamede Infesta«, sustentou, acrescentando que, contudo, »todas as opções podem coexistir«.

As opções Boavista e S. Mamede Infesta, acrescentou Oliveira Marques, têm ambas uma valia »semelhante em termos de captação de procura e esforço do projecto, mas Boavista resiste a todas as análises, em termos quer de procura quer de tempos«.

O responsável manifestou-se favorável à passagem do metro pela Avenida da Boavista, mas destacou que a ideia que surgiu no âmbito da realização deste estudo - a criação de uma linha circular - é muito importante.

«Se esta linha circular (subterrânea) existisse o seu impacto seria tremendo», afirmou, acrescentando que «há quem aposte para a duplicação da procura» com esta linha.

Esta linha circular «contribuiria para a sustentabilidade da rede», frisou Oliveira Marques, lembrando, contudo, que a construção deste traçado não consta do protocolo assinado entre o Governo e a Junta Metropolitana do Porto.

Esta linha, que permitirá ligar as cinco linhas actualmente em operação, tem um perímetro previsto de nove quilómetros e poderá ser equipada como veículos totalmente automáticos, sem condutor, em funcionamento ininterrupto.

Oliveira Marques adiantou que «esta linha é, para já, uma ideia», prevendo o desenho preliminar do traçado estações em Campanhã, Areosa, Pólo Universitário, Prelada, Casa da Música, um local entre Praça da Galiza/Hospital Santo António/Palácio de Cristal, terminado em S. bento.

Diário Digital / Lusa

22-01-2008 17:46:00