segunda-feira, dezembro 04, 2006

Transportes: Metro e comboio ganharam clientes até Setembro


Diário Digital


Diário Digital / Lusa

04-12-2006 13:07:00




O tráfego de passageiros cresceu 11% nos metropolitanos de Lisboa e Porto e 2,6% no modo ferroviário nos primeiros nove meses do ano, face a igual período de 2005, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística.

De Janeiro a Setembro deste ano, foram transportados nos Metropolitanos de Lisboa e do Porto cerca de 164,1 milhões de passageiros, mais 11% que no ano anterior, realçando o INE o facto de para estes resultados ter contribuído a entrada em funcionamento, entre Abril de 2005 e Maio deste ano, de três linhas no Metro do Porto (Verde, Amarela e Violeta).

Segundo o INE, cerca de 115,3 milhões de passageiros foram transportados no modo ferroviário pesado (mais 2,6% que no mesmo período de 2005), com o tráfego suburbano a pesar com um crescimento homólogo de 2,5%.

Pelo contrário, o transporte fluvial registou um decréscimo de 1,5% em termos de variação homóloga, com 24,6 milhões de passageiros transportados, para o que contribuiu essencialmente a travessia do Tejo (menos 3,5%).

Cerca de 21,4 milhões de passageiros fizeram a travessia do Tejo, ou seja, 87% do movimento nacional de passageiros fluviais, sendo as carreiras Cais do Sodré/Cacilhas e Terreiro do Paço/Barreiro as mais utilizadas (50,7% e 34,2% do movimento do rio Tejo, respectivamente).



terça-feira, novembro 28, 2006

Metro do Porto: Condutor entrou no túnel «por distracção»

Diário Digital

Diário Digital / Lusa

27-11-2006 13:09:47





O automobilista que entrou hoje de madrugada de carro num túnel do metropolitano do Porto, fê-lo por desconhecer completamente que havia metro na cidade, disse à agência Lusa fonte da PSP do Porto.

A fonte referiu que o condutor, residente fora do Grande Porto, alegou «desconhecer completamente» que havia metro entre o Porto e Gaia.

Segundo a fonte, ele não reparou na abundante sinalização vertical e horizontal existente ao longo de todo o canal na Avenida da República, em Gaia, proibindo o acesso ao mesmo.

«Isto só pode ter sucedido por absoluta distracção ou por grave negligência do condutor, uma vez que a proibição de acesso ao canal do metro está claramente evidenciada ao longo de toda a via» disse à Lusa, fonte do Metro do Porto.

Acrescentou que «estas situações podem suceder no Metro do Porto, tal como acontece condutores entrarem em auto-estradas na contramão, apesar da sinalização existente».

O automobilista, com cerca de 50 anos, entrou cerca das 06:50, no canal do Metro do Porto em Gaia, acedendo ao tabuleiro superior da Ponte D. Luís I, por uma via destinada à passagem de veículos de emergência.

Esta via, que foi criada para proporcionar um canal de acesso rápido para ambulâncias e veículos de bombeiros em caso de acidente catastrófico, tem como única saída, do lado do Porto, o túnel do metro.

«O objectivo é evitar que em caso de acidente, as ambulâncias ou os veículos de emergência tenham de fazer um grande desvio para atravessar o rio», explicou a fonte.

O canal do Metro à superfície está ao mesmo nível dos canais rodoviários, mas ao entrar nos túneis os carris passam a ficar salientes, assim como as travessas.

Este túnel começa à saída da ponte, para quem vem de Gaia, e desce para as na zona das estações de S. Bento e Aliados, na baixa do Porto.

«O mais incrível é que o condutor entrou no túnel e prosseguiu a sua marcha durante centenas de metros, aos solavancos, em cima dos carris e das travessas, só tendo parado 30 metros após passar a estação de S. Bento, já a caminho da estação dos Aliados», disse a fonte do Metro do Porto.

O metro do Porto circula em superfície em Gaia e na periferia da cidade e em túnel na zona da Baixa do Porto.

Devido ao incidente, a circulação do Metro do Porto esteve hoje de manhã condicionada entre as estações da Trindade e S. Bento, das 06:50 às 10:10, encontrando-se já restabelecida.

A fonte recordou que um já outro automobilista fez exactamente o mesmo percurso porque estava embriagado, o que não se verificou neste caso, de acordo com a PSP, que se limitou a levantar um auto sobre o sucedido, não tendo detido o condutor.

«Além das contra-ordenações previstas no Código da Estrada por ter desrespeitado toda a sinalização que impede o acesso ao canal do metro, o condutor deverá ser objecto de um processo de indemnização cível, pelos prejuízos decorrentes da paragem provocada no serviço do Metro do Porto, que não são tão poucos como isso, dado tratar-se de uma hora de ponta», disse a fonte da empresa.


terça-feira, novembro 14, 2006

Metro colheu homem na marginal de Leixões

Jornal de Notícias


Carla Sofia Luz

Alguns minutos de distracção bastaram para que o acidente acontecesse. Um homem de 38 anos foi colhido, anteontem à noite, pelo metro na marginal do Porto de Leixões, em Matosinhos. As consequências do sinistro acabaram por ser menores do que o susto. Ainda assim, a vítima tem várias fracturas e lesões na bacia e na perna direita, mas não corre risco de vida.

É o primeiro atropelamento da história do metro do Porto. Desde a inauguração da Linha Azul em 2002 tem-se registado pequenos acidentes, em particular colisões sem gravidade com outras viaturas. Este sinistro ocorreu às 23.50 horas, a poucos metros do témino da Linha Azul, na Avenida do Engenheiro Duarte Pacheco, entre as estações do Mercado e da Senhora da Hora. De acordo com informações fornecidas por fonte da Empresa do Metro, o peão estava a caminhar na área relvada, junto aos carris, enquanto falava ao telemóvel.

"O agente de condução buzinou muitas vezes para o avisar, mas, quando se aproximou dele, o peão fez um movimento para o lado dos carris", acrescenta a mesma fonte. Admite-se que a vítima se tenha assustado com a proximidade do metro e fugido para o lado errado. O condutor parou a composição, mas o homem ficou com parte do corpo debaixo do veículo.

Apesar do impacto e dos ferimentos, não perdeu consciência. Os Bombeiros Voluntários de Leixões foram os primeiros a prestar assistência no local, tendo solicitado a colaboração dos Sapadores do Porto para levantar a composição e retirar a vítima de 38 anos. A operação demorou cerca de 40 minutos.

O ferido foi conduzido ao Hospital de São João, no Porto, e encontra-se estável. Ontem à tarde, permanecia hospitalizado.

sábado, outubro 07, 2006

Cegos guiados por telemóvel de casa até à estação de metro


02.08.2006
Artur Machado Reis Pinto
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Fotografia: Francisco Mourão
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A Empresa do Metro do Porto prepara-se para eliminar mais uma barreira à mobilidade dos seus clientes. Dentro de um ano, e através de um simples telemóvel, será possível aos invisuais e aos cidadãos com problemas de visão ter acesso às mesmas informações de um cidadão normal. Mais ainda, poderão saber, ainda antes de sair de casa, qual o tempo previsto até à chegada da próxima composição. Já no interior da estação, 'ouvirão' todas as indicações afixadas nos painéis de informação.Os projectos, inéditos a nível mundial, foram denominados de Infometro (Portal de voz interactivo do Metro do Porto para utentes com dificuldades visuais) e Navmetro (Sistema complementar de navegação pessoal na rede do Metro do Porto para pessoas com dificuldades visuais).Telemóveis normaisO serviço, que será gratuito, poderá ser acedido através de telemóveis disponíveis no circuito comercial. Para o Infometro, será suficiente um terminal normal e o cliente apenas terá de assinar um documento autorizando a sua localização.A partir do momento em que é efectuada a chamada para o serviço, o utilizador é localizado (como se estivesse a usar um GPS) e é-lhe explicado, por exemplo, o trajecto mais curto para a próxima estação do Metro, quanto tempo falta para a próxima composição, ou qualquer outra informação que seja considerada relevante.O Infometro será um sistema universal, uma vez que poderá ser utilizado por todos os clientes do Metro, ou seja, não está fora de hipótese a sua disponibilização, por exemplo, como instrumento de apoio para os turistas estrangeiros. Para "navegar" no interior das estações é obrigatório ter um telemóvel com tecnologia "bluetooth", que possa 'comunicar' com os painéis informativos.Ao serviço das pessoasEstes inovadores projectos começaram a ser imaginados, não muito longe da sede da Metro, por Diamantino Freitas, do Departamento de Electrotecnia da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto."Já há alguns anos que estudava a melhor forma de colocar a tecnologia ao serviço das pessoas com necessidades especiais e a empresa mostrou-se muito receptiva às minhas propostas", referiu Diamantino Freitas.O principal objectivo do trabalho que será agora desenvolvido durante um ano, pela FEUP e a Metro do Porto, com a colaboração da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), é "transmitir eficazmente a informação". "Ou seja, com fidelidade, em tempo útil e com conforto para o utilizador. Queremos que seja tão fácil como ter uma pessoa ao lado", diz Diamantino Freitas.Para a Metro do Porto, este projecto surge como prolongamento natural da sua política de universalidade."Queremos prestar o mesmo serviço a todos os passageiros. Isso está conseguido, por exemplo, a nível arquitectónico, com todas as estações acessíveis. Ainda antes da entrada em exploração comercial, tivemos a ajuda da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) no 'desenho' das estações", referiu Manuel Paulo Teixeira, responsável pelo gabinete de projectos da Metro do Porto.Diana Santos, técnica de Orientação e Mobilidade da ACAPO, destacou o conforto de utilização do Metro."Tenho uma utente de Valongo que usa o autocarro e tem de contar as curvas para saber em que paragem sair. O metro é mais 'amigável' e este projecto irá permitir maior independência a pessoas com deficiência visual ou baixa visão", referiu Diana Santos.Estado comparticipa na compra de telemóveisUma das vantagens deste projecto é que os telemóveis são considerados como "ajuda técnica" para os cegos e amblíopes e, como tal, a sua compra é subsidiada. Considerado de "interesse público"O Infomtero e o Navmetro foram considerados projectos de "interesse público" e contemplados com o financiamento máximo previsto no programa de Inclusão Digital. Agora, será uma corrida contra o tempo, pois os projectos têm de estar concluídos e funcionais em Outubro do próximo ano.

sábado, setembro 30, 2006

Metro do Porto custa metade e rende o dobro do de Lisboa

Jornal de Notícias

Margarida Fonseca

metro do Porto, ainda em construção, custou, até 2005, 24,4 milhões de euros por quilómetro. O de Lisboa, que começou a funcionar há 36 anos, não tem números certos, mas sabe-se que ultrapassa os 60 milhões, dado que o investimento elegível para o Fundo de Coesão, nos últimos três projectos, é de 59, 2 milhões. O metro do Porto teve, no ano passado, como receita, por passageiros e por quilómetro, 10,6 cêntimos . O de Lisboa,em 2004, teve metade 5,6 cêntimos, embora com uma taxa de ocupação superior (16,6% contra 13,2%).

Os números foram ontem revelados, no final da reunião da Junta Metropolitana do Porto, e surgem numa altura em que se desconhece, ainda, a data certa das mexidas no modelo de gestão da empresa portuense, prometidas pelo Governo. O que se sabe é que no próximo encontro de autarcas, marcado para 10 de Outubro, o metro voltrá a ser tema de agenda reunir-se-ão técnicos responsáveis por dois estudos e tomar-se-á uma posição. Álvaro Costa, que coordenou o estudo pedido pelo Governo, e Paulo Pinho, que integra a equipa que fez idêntico trabalho para a Junta, serão os especialistas presentes.

"Se tínhamos alguma ideia das disparidades que há entre os dois metros - e não quero dizer que os 14 municípios ficaram escandalizados com os valores - nem todos pensávamos que a diferença fosse tão grande", afirmou Rui Rio, presidente da Junta e da Câmara do Porto, referindo-se a "alguns indicadores fundamentais" conhecidos ontem sobre os metros das duas regiões.

Tais valores, que já em Julho tinham sido reclamados pela Junta, que representa os 14 municípios da Grande Área Metropolitana do Porto e é a maior acionista da Metro do Porto, dizem respeito, porém, a anos diferentes, pois a Metro de Lisboa "ainda não disponibilizou o balanço de 2005". Reportam-se, também, no caso dos fundos comunitários recebidos, ao período entre 1995 e 2005 em Lisboa, foram cerca de 343 milhões de euros, no Porto, mais de 310 milhões.

Disparidade nos apoios

Em termos de extensão, e ainda faltando definir as linhas de Gondomar, da extensão em Gaia e a linha da Boavista, no Porto, dizem os indicadores agora revelados que a Metro do Porto construiu 58,9 quilómetros, tem cinco linhas , 69 estações e entrou em funcionamento em 2002. Lisboa, que já anda de metropolitano desde 1959, tem uma extensão de 35,6 quilómetros, quatro linhas e 44 estações.

No entanto, olhando para o quadro comparativo que a Junta forneceu aos jornalistas, vê-se que as indemizações compensatórias atribuídas à Metro do Porto foram, apenas, de 2,2 milhões de euros, contra os 20,2 milhões à de Lisboa e, no capítulo dos financiamentos do Plano de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC), Lisboa recebeu três vezes mais do que o Porto 28 milhões contra 9,3 milhões.

No que respeita a resultados líquidos, a empresa portuense teve 71,3 milhões de euros negativos (e um passivo bancário de 1.265,5 milhões de euros) e a lisboeta 156,7 (com um passivo de 2.115,2).

"A Junta Metropolitana concluiu que são números para reflectir em termos de equidade do tratamento dado às diversas regiões ", acentuou Rui Rio.

terça-feira, setembro 26, 2006

Bicicletas foram utentes do metro

“Metro sobre duas rodas” com adesão inesperada


O Comércio do Porto
Joana Soares - 25.09.2006

A iniciativa lançada ontem pela Metro do Porto venceu a chuva, chamou muitos participantes a estacionarem as suas bicicletas no interior do metro, e a fazerem a ligação entre cinco estações do metro. Luz verde para as bicicletas validarem o Andante para o metro.


A manhã semeava chuva e o ar era cinzento, mas nem por isso a iniciativa da Metro do Porto, “Metro sobre duas rodas”, teve menos aderência. Antes pelo contrário, ainda os ponteiros não chegavam perto das 10h de ontem, e já cerca de 20 pessoas ladeavam Eduarda, Bruno e Diogo – os responsáveis no posto da estação da Trindade para o fornecimento de material e informação aos cicloturistas. O número ia aumentando à medida que a manhã ia avançando e a chuva ia ganhando força. Do outro lado da cidade, na estação Matosinhos Sul, outras dezenas de cicloturistas aderiam à iniciativa da Metro, que pretende incentivar os portuenses a transportar as suas bicicletas no interior do metro, dentro do regulamento elaborado. Trindade, S. Bento, Museu do Carro Eléctrico, Avenida Brasil, Calçadão Matosinhos. Tudo a postos. Vamos pedalar.“Somos três amigos do grupo BTTX de Matosinhos, que existe há três anos e gostamos muito de bicicletas, participamos em outras iniciativas. A chuva não faz mal, é boa. Não havia necessidade, mas não faz mal”, diz ao JANEIRO Alfredo Moreira, enquanto termina os últimos ajustes ao capacete. De calção justo e camisola apertada, monta a bicicleta-montanha e arranca entre os pingos violentos. Fernando Gomes, mãos à cinta, todo de azul, enaltece a actividade da Metro, “é útil à sociedade estas iniciativas, porque também chama a fazer desporto”. Por entre os cicloturistas, Bruno e Carlos, dois miúdos, parecem dois atletas em miniatura. “Estão preparados?”. “Então não estamos!”. Mas quem ganha visibilidade é a pequena Mafalda, de 11 anos. De entre a multidão distingue-se por ser a única menina, de uma participação marcadamente masculina. “Gosto muito de andar de bicicleta”, atira sem timidez, mesmo estando acompanhada só com os primos, pai e tio. “O pai falou-me, porque já vinha com o irmão, e eu achei giro e quis participar”. “Venha de bicicleta até ao metro!”“Os cicloturistas têm de carimbar em cinco sítios – estações - da cidade do Porto o cartão da iniciativa (um desdobrável com espaço para carimbar as cinco zonas e com as cores de todas as linhas do metro e uma bicicleta desenhada, onde se lê: Metro sobre duas rodas). Têm a obrigatoriedade de carimbar e parar nesses sítios”, explicam Diogo e Bruno, que estiveram ontem no posto da Trindade a dar apoio à actividade. Os dois amigos vestem a t-shirt da Metro, esta mais especial, azul-marinha, com o símbolo da Metro à frente e atrás uma bicicleta desenhada, que diz “eu viajo”. É a t-shirt- prémio da iniciativa, mais um cartão Andante, que todos os participantes levaram para casa. “Está a ter mais afluência do que o esperado, mesmo até com chuva”, confessa Diogo, sentado numa mesa improvisada na estação, decorada com cartões para os cicloturistas e um autocolante com letras impressas: “Venha de bicicleta até ao metro”. Todos os participantes colaram o dorsal ou nas costas, ou no tronco, ou na própria bicicleta.Escadas rolantes dificultamA base do trajecto era a Trindade. Portanto, findo o percurso, os cicloturistas, validaram o Andante com zona Z3 e viajaram na última carruagem do metro, onde é permitido estacionar as bicicletas. E da última carruagem iam saindo de sete em sete minutos – a frequência do metro, bicicletas de vários tamanhos, cores e marcas, com um único ponto em comum, as gotas do temporal. “O percurso foi relativamente calmo”, conta João Lopes, de 24 anos, olhos atentos aos olhos de uma série de jornalistas, “mas o ponto mais fraco é talvez as escadas rolantes, não é prático para a mobilidade das bicicletas, e os elevadores são pequenos”. O João demorou cerca de 1h11m para percorrer as cinco estações propostas. “As pessoas têm olhares curiosos, mas não se queixam”, acrescenta descansadamente. Mobilidade, e o prémio Metro em duas rodas foi uma iniciativa da Metro do Porto no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, que no Porto terminou ontem. Para além disso, e como realça Nuno Ortigão, director de comunicação da Metro, “o Prémio Nacional Mobilidade em Bicicleta ganho esta semana deu impulso à iniciativa”. Todas as pessoas fora das horas de ponta – sensivelmente das 8h às 10h, e das 17h às 20h – podem viajar de metro acompanhadas das suas bicicletas ou veículos de duas rodas, na última carruagem do metro. “É preciso acompanhar as últimas tendências”, reclama.

terça-feira, setembro 19, 2006

Metro do Porto: Linha Amarela faz um ano

O Primeiro de Janeiro



Mais de 10 milhões de clientes utilizaram a Linha Amarela (D) do Metro do Porto no seu primeiro ano de funcionamento, que se cumpriu domingo, anunciou ontemfonte da empresa.
Um ano após a inauguração, a "linha das linhas", que circula entre o Hospital de S. João e a estação Câmara Gaia, passando pela baixa do Porto, é já responsável por quase um terço das validações totais na rede do Metro. Nos primeiros 365 dias, foram 10.672.501 as validações registadas no conjunto das 14 estações que compõem a Linha Amarela, o que corresponde a uma média de 30 mil clientes por dia. No mesmo período, as 68 estações que compõem as cinco linhas da rede do Metro do Porto registaram um valor global de 34,4 milhões de validações.
Em termos de escalonamento da procura na Linha Amarela, a Estação da Trindade (onde aquela faz interface com a linhas Azul, Vermelha, Verde e Violeta) lidera claramente, com 3,145 milhões de validações nos últimos doze meses. Seguem-se as estações S. Bento (1,169 milhões de validações), João de Deus (1,113 milhões), Câmara Gaia (912 mil), Marquês (762 mil), e Aliados (723 mil). O mês completo de maior procura foi Maio de 2006 (mais de 712 mil validações) e o menos movimentado foi Outubro de 2005 (cerca de 412 mil validações).

sexta-feira, setembro 15, 2006

Obras condicionam circulação do Metro do Porto entre a Trindade e a Senhora da Hora

Público

14.09.2006 - 19h12   Lusa

As obras de conclusão do sistema de sinalização do Metro do Porto vão provocar condicionamentos entre as estações da Trindade e da Senhora da Hora, anunciou hoje fonte da empresa.

Os condicionamentos verificar-se-ão entre os dias 17 de Setembro e 15 de Outubro, afectando o serviço habitual das Linhas Azul, Vermelha, Verde e Violeta.

As intervenções agendadas obrigam à circulação pontual em via única, no segmento Senhora da Hora - Casa da Música, o que leva a uma redução de frequências de passagem e à interrupção circunstancial da operação comercial regular entre a Senhora da Hora e a Trindade.

No troço Senhora da Hora/Trindade não haverá circulação a partir de domingo até dia 22, entre as 22h00 e as 01h30 horas, enquanto o segmento Casa da Música/Estádio do Dragão não terá serviço nos dias 1 e 2 de Outubro, durante todo o dia.

De 8 a 13 de Outubro, o mesmo acontece entre as 22h00 e as 01h30 horas no troço Senhora da Hora/Trindade, voltando a não haver circulação no dia 15, entre as 06h00 e as 18h00 horas.

Nos restantes troços destas linhas, mantém-se o serviço normal, com eventual ligeira redução de frequências entre a Estação Casa da Música e a Estação Estádio do Dragão.

As obras que obrigam apenas à circulação em via única afectarão o troço Senhora da Hora/Casa da Música entre os dias 24 e 27 entre as 22h00 e as 01h30 e de 1 a 6 de Outubro, no mesmo horário.

Os mesmos condicionalismos acontecerão entre os dias 27 e 28, das 22h00 às 01h30, no troço Senhora da Hora/Francos.

Esta é a última intervenção programada na rede do Metro do Porto, ficando o sistema de sinalização totalmente concluído.

Para minorar os problemas decorrentes desta intervenção, o Metro do Porto disponibiliza um serviço de transportes alternativos em autocarro com paragem em todas estações afectadas pelos condicionamentos.

A utilização deste serviço é aberta a todos os clientes portadores de títulos Andante válidos.



Obras condicionam circulação do Metro do Porto entre a Trindade e a Senhora da Hora

Público

14.09.2006 - 19h12   Lusa

As obras de conclusão do sistema de sinalização do Metro do Porto vão provocar condicionamentos entre as estações da Trindade e da Senhora da Hora, anunciou hoje fonte da empresa.

Os condicionamentos verificar-se-ão entre os dias 17 de Setembro e 15 de Outubro, afectando o serviço habitual das Linhas Azul, Vermelha, Verde e Violeta.

As intervenções agendadas obrigam à circulação pontual em via única, no segmento Senhora da Hora - Casa da Música, o que leva a uma redução de frequências de passagem e à interrupção circunstancial da operação comercial regular entre a Senhora da Hora e a Trindade.

No troço Senhora da Hora/Trindade não haverá circulação a partir de domingo até dia 22, entre as 22h00 e as 01h30 horas, enquanto o segmento Casa da Música/Estádio do Dragão não terá serviço nos dias 1 e 2 de Outubro, durante todo o dia.

De 8 a 13 de Outubro, o mesmo acontece entre as 22h00 e as 01h30 horas no troço Senhora da Hora/Trindade, voltando a não haver circulação no dia 15, entre as 06h00 e as 18h00 horas.

Nos restantes troços destas linhas, mantém-se o serviço normal, com eventual ligeira redução de frequências entre a Estação Casa da Música e a Estação Estádio do Dragão.

As obras que obrigam apenas à circulação em via única afectarão o troço Senhora da Hora/Casa da Música entre os dias 24 e 27 entre as 22h00 e as 01h30 e de 1 a 6 de Outubro, no mesmo horário.

Os mesmos condicionalismos acontecerão entre os dias 27 e 28, das 22h00 às 01h30, no troço Senhora da Hora/Francos.

Esta é a última intervenção programada na rede do Metro do Porto, ficando o sistema de sinalização totalmente concluído.

Para minorar os problemas decorrentes desta intervenção, o Metro do Porto disponibiliza um serviço de transportes alternativos em autocarro com paragem em todas estações afectadas pelos condicionamentos.

A utilização deste serviço é aberta a todos os clientes portadores de títulos Andante válidos.



quinta-feira, setembro 14, 2006

Nova equipa da Metro lança em breve linha de Gondomar

Jornal de Notícias

Carla Soares


O Governo está decidido a mudar, até ao final deste mês, a estrutura accionista da empresa Metro do Porto e respectiva administração, elegendo como primeira medida imediata o lançamento da linha de Gondomar até Rio Tinro e, logo depois, a ligação de Gaia até Laborim. O compromisso de avançar já com as alterações, apurou o JN, foi assumido por membros do Executivo, no fim-de-semana.

Ontem, a actual equipa da Metro reuniu-se mas os trabalhos foram pouco além de um balanço económico-financeiro. Alguns membros da administração, disse fonte da estrutura ao JN, manifestaram a sua "grande expectativa face às promessas do Governo" de que, no mês de Setembro, tomaria uma decisão definitiva sobre as linhas em falta, nomeadamente Boavista e Gondomar, bem como sobre o novo modelo de gestão. Ou seja, a Metro está agora à espera do Governo.

Recorde-se que a intenção do Executivo é alterar a composição da empresa e modelo de financiamento, de forma a ficar com a maioria do capital. O argumento, já defendido por socialistas do distrito, é o de que quem paga deve ter o controlo da empresa. As restantes alterações dependem desta primeira. É também até final do mês que o Executivo quer anunciar uma nova administração para ser esta a lançar as novas linhas.

Conforme foi dito ao JN por fontes conhecedoras do projecto, "o objectivo é, até final de Setembro, alterar a estrutura accionista da empresa e anunciar nova administração". E, "mal tome posse a administração", o primeiro passo será avançar com a linha de Gondomar até Rio Tinto. Uma linha que passa junto àiIgreja de Rio Tinto após o centro comercial Parque Nascente e vai depois da zona da estação até à urbanização Cidade Jovem sem passar pelo leito do rio. Assim, entre final de Setembro e princípio de Outubro, os gondomarenses deverão ter boas notícias, havendo o objectivo de anunciar, logo a seguir , a ligação a Laborim.

Os prazos foram indicados na passada semana por membros do Executivo a políticos da região, dependendo agora da aplicação prática do novo modelo de gestão e financiamento. Contudo, confrontado pelo JN, Renato Sampaio, líder do PS/Porto, garantiu "não saber de nada".


Narciso em silêncio

Narciso Miranda foi, recorde-se, o nome apontado pelo Governo para uma nova administração da Metro, em que teria maioria do capital. Falou-se de um modelo semelhante ao das empresas das Águas de Portugal e, dentro deste, do nome de Narciso para um lugar de chefia. Admitindo-se uma administração onde convivam os dois patamares actualmente existentes, a administração poderia ser liderada por um técnico e ter como vice-presidente Narciso Miranda. O ex-autarca de Matosinhos tem se mantido em silêncio no que respeita ao seu futuro profissional. Ausente da reunião de ontem da Metro, tal como o socialista Mário de Almeida, Narciso nada tem dito sobre uma nomeação para a empresa que gere os destinos do metropolitano. Mas, numa entrevista ao JN aquando das eleições para o PS/Porto, justificou a não participação no acto com a perspectiva de ocupar um cargo de "grande visibilidade pública".

segunda-feira, agosto 21, 2006

Estacionamento à borla acaba nos parques do metro

Conceito "Park&Ride" introduzido nos parques da rede do Metro do Porto

Jornal de Notícias

Nuno Silva
17.08.2006



Oestacionamento vai passar a ser pago em todos os parques da rede do metro de superfície do Porto. O sistema Park & Ride - permite a "compra" de um lugar para a viatura e a viagem em transportes intermodais com o título Andante - entrou esta semana em vigor, na estação do Estádio do Dragão e será futuramente implementado nas restantes 16 infra-estruturas do género existentes nos concelhos de Matosinhos, Maia e Vila do Conde.De acordo com a Metro do Porto, a calendarização ainda não está definida, sendo apenas certo que as alterações serão introduzidas de forma progressiva. "Todos os parques foram concebidos e projectados numa base de Park & Ride, visando a promoção do transporte público em detrimento do uso do automóvel", argumenta fonte da empresa. Azurara, Árvore, Varziela, Mindelo, Modivas Centro, Modivas Sul, Vilar do Pinheiro (concelho de Vila do Conde); Lidador e Crestins (Maia); Esposade, Custóias, Botica, Custió, Araújo, Pias e Senhora da Hora (Matosinhos) serão as estações abrangidas. No total, e contando com o parque do Dragão, estão em causa 2002 lugares de estacionamento, que deixarão de ser gratuitos. A Metro ressalva que ainda há alguns parques em construção, que também integrarão este sistema.Solução alternativaNo que diz respeito à experiência do Parque Metro (estação do Estádio do Dragão), a empresa destaca que a actual taxa de ocupação é semelhante à verificada no mesmo período do ano passado, não se notando, portanto, quebra pelo facto de o estacionamento ser pago. Desde terça-feira até ao meio-dia de ontem, tinham dado entrada 600 viaturas. Os responsáveis pela segurança do espaço ressalvaram, ontem, ao JN, quemuita gente ainda está de férias e que é esperada maior afluência em Setembro. "Os clientes habituais continuam a vir", sublinhou um dos responsáveis, reiterando as vantagens para os utilizadores do parque, em especial os que usam também o metro "Apenas pagam 65 cêntimos por 12 horas e têm o carro guardado".Mais pesado é o custo para os que não usam o transporte público pagam 20 cêntimos por cada 15 minutos e ainda têm de adquirir o Andante. Não será por acaso que dois descampados nas imediações do estádio e da VCI estejam convertidos em "parque" alternativo. Ao meio-dia de ontem, contava-se cerca de uma centena de veículos.

Roubo de cobre no metro do Porto

O Primeiro de Janeiro
09.08.2006


A Polícia Judiciária foi chamada a investigar o roubo de material de sinalização do metro do Porto, em cobre, ocorrido na noite de terça-feira no concelho de Matosinhos, disse ontem fonte da GNR de Custóias. O caso ocorreu entre as estações de Esposande e Custóias e os autores do roubo fugiram antes de uma patrulha da GNR chegar ao local. Segundo a fonte, o cobre tem grande procura por parte de alguns receptadores, tornando-se uma “aliciante” forma de “fazer” dinheiro rapidamente.

Metro até Santo Ovídio no próximo ano

Empresa lançou concurso público esta semana

O Primeiro de Janeiro
09.08.2006

Fotografia: Francisco Mourão

A empresa Metro do Porto lançou esta semana o concurso público para a construção da extensão da linha Amarela até Santo Ovídio. Num investimento de 4,75 milhões de euros, a obra deverá estar concluída no próximo ano. A abertura das propostas será no final de Outubro.A Linha Amarela terá, no próximo ano, mais uma estação em Vila Nova de Gaia. A empresa Metro do Porto lançou esta semana o concurso público de concepção e de execução para a construção do novo términus de Santo Ovídio. A extensão da linha até Laborim, conforme já anunciado pelo Governo como obra prioritária para a construção de um interface de transportes, fica assim ainda a aguardar por decisão. A obra desta pequena extensão que tem ainda incluída a requalificação da Avenida da República no troço entre a estação de João de Deus e o cruzamento da Estrada Nacional 222 significará um investimento de 4,75 milhões de euros e terá um prazo de execução de 270 dias, a contar da data de consignação da obra ao construtor vencedor do concurso público. Segundo o anúncio publicado na imprensa, as propostas deverão ser enviadas para a sede da empresa Metro do Porto, na Avenida Fernão Magalhães, no Porto e serão abertas no dia 24 de Outubro, pelas 10h00, um dia depois do fim do prazo de entrega das propostas que deverão, obviamente, estar de acordo com o respectivo caderno de encargos. Em finais de Maio deste ano, no dia da inauguração da linha violeta (extensão até ao aeroporto), José Sócrates deixou o aviso de que a segunda fase de implementação do metro só seria autorizada quando houvesse “a certeza absoluta de que os investimentos serão focados nas linhas essenciais”. No mesmo dia, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações acabou por admitir que a extensão da Linha de Gaia desde a Estação João de Deus até Santo Ovídio e depois até Laborim é “prioritária”, acrescentando que “importa que Governo e parceiros privados se associem na sua concretização”. Mário Lino destacou assim que a relevância deste projecto reside no facto de permitir um interface naquele concelho.

Metro do Porto reforçado para concerto dos Rolling Stones

Público

Estela Silva/Lusa
09.08.2006 - 15h41

Fotografia : Francisco Mourão

A empresa Metro do Porto anunciou hoje o reforço da capacidade de todas as linhas no próximo sábado, para garantir "as melhores condições de acessibilidade" ao concerto dos Rolling Stones, no Estádio do Dragão.


De acordo com uma nota distribuída pela Metro do Porto, todas as linhas serão reforçadas durante a tarde e a noite de sábado, com o incremento das frequências e dos lugares disponíveis.Segundo a empresa, além do reforço de frequências nas três horas anteriores ao início do concerto (entre as 17h00 e as 20h00, sobretudo nas linhas azul, vermelha, verde e violeta), no final do espectáculo a capacidade do metro será de novo reforçada através de um serviço "que permitirá o rápido escoamento do público".

As partidas da estação Estádio do Dragão serão asseguradas por veículos duplos, que farão a ligação com os comboios especiais da CP na Estação de Campanha."A linha amarela [Hospital de S. João, Porto - João de Deus, Gaia] prolongará o seu horário de operação, se tal se revelar necessário, estando garantidos os transbordos na estação da Trindade, com as restantes linhas da rede", refere ainda a empresa.

A administração da Metro do Porto recomenda ainda aos seus utentes a compra ou ocarregamento antecipado de títulos Andante com pelo menos duas viagens (ida e volta), "de forma a evitar aglomerações excessivas e perdas de tempo desnecessárias".As portas do Estádio do Dragão abrem às 17h00, estando o início do concerto dos Rolling Stones programado para as 20h00.

Linha do metro esteve “condicionada”

Circulação numa só via provocou atrasos e confusão em estações

O Primeiro de Janeiro
Ana Magalhães
3.08.2006

Fotografia: Francisco Mourão


Uma avaria numa catenária da Metro do Porto fez com que a circulação ficasse reduzida a uma só via até ao início da manhã de ontem. O imprevisto causou a confusão nas estações, sobretudo na Trindade aonde acorre um maior fluxo de passageiros.Fonte da empresa Metro do Porto explicou que o condicionamento abrangeu começou no final da tarde de quarta-feira e abrangeu o troço de todas as linhas entre as estações Estádio do Dragão e Trindade. Em declarações ao JANEIRO justificou a situação com “uma peça da catenária que partiu” e acrescentou que a anomalia não podia ter sido rectificada mais cedo. Apesar das muitas queixas que se ouviram nas estações abrangidas, onde se acumularam muitos passageiros que não tinham informação sobre o funcionamento das linhas que pretendiam utilizar, a empresa diz que não recebeu nenhuma queixa por escrito.“Vou apresentar queixa porque fiquei parvamente à espera na estação Campo 24 de Agosto de um metro com destino Senhor de Matosinhos durante mais de duas horas”, disse ao JANEIRO Isabel Soares, descontente por saber a partir de outro passageiro que tinha de entrar numa carruagem qualquer que a encaminhasse até à estação da Trindade e aí mudar de veículo. “É claro que estou revoltada”, continuou, acrescentando contudo que “este foi um dia de excepção no metro do Porto”.Nas estações só se viam passageiros confusos por não terem informação sobre as plataformas para onde se deviam dirigir. Como alternativa uns optaram por recorrer a táxis e outros comentavamque se fossem a pé, chegavam primeiro que o metro.Um elemento da empresa que percorreu algumas estações testemunhou que a maior confusão verificou-se na Trindade, onde “não cabiam todos os passageiros”. Apesar de haver uma Loja Andante que podia informar sobre o que se estava a passar, reconheceu que a dificuldade foi orientar muitas pessoas.

Porto quer conhecer custos do metropolitano de Lisboa

Diário de Notícias

Alfredo Teixeira
Lisboa, 29.07.06

A Junta Metropolitana do Porto (JMP) vai "pedir contas" ao Governo sobre o metro de Lisboa. Os autarcas do Norte querem saber quais foram os investimentos efectuados e quais os critérios da sua expansão. Esta decisão da JMP tem como objectivo comparar os custos da infra-estrutura no Porto com a sua congénere da capital.

Esta é a resposta da JMP às hesitações do Governo face à construção da segunda fase do metro. Ontem, após a reunião mensal do organismo, Rui Rio, presidente da JMP, afirmou que haverá uma reunião com a empresa do Metro e com os técnicos que elaboraram os dois estudos de viabilidade relativos à segunda fase da rede, entretanto suspensa. O objectivo é, de acordo com o presidente Rui Rio, "questionar para depois se avançar com uma solução política".

Depois, disse Rio, "queremos números relativos ao que tem sido investido. Como o metro de Lisboa tem sido construído, como foi pago e como está a ser feita a sua expansão". É que, segundo o autarca, "nos últimos anos, não há contas publicadas e às vezes fala-se do Metro do Porto como um grande volume de investimento, mas esquece-se o que foi gasto na construção da Ponte Vasco da Gama".

Rui Rio recusa entrar numa guerra de críticas Norte-Sul até porque o metro na Capital "tem de ser maior que o do Porto, já que a cidade é maior e tem mais habitantes", mas considera ser "correcto e justo" que, numa situação análoga, a atenção por parte da administração central seja também idêntica.


O presidente da JMP chama ainda a atenção do poder central para o problema das indemnizações compensatórias que "devem ser feitas no Porto como em Lisboa" - ainda que também aí o apoio social do Estado deva ser maior - para não pôr em causa a viabilidade financeira das empresas.

Rui Rio recorda que, até ao momento, o financiamento do Estado ao metro do Porto com verbas a fundo perdido "foi quase nada". Do Fundo Europeu do Desenvolvimento Regional (FEDER) "veio muito pouco e o resto é o empréstimo bancário conseguido através do Governo". Recorde-se que o Ministério das Obras Públicas comprometeu-se a dar uma resposta em Setembro quanto aos projectos da segunda fase. Os estudos, um encomendado pelo Governo e outro pela empresa, são praticamente coincidentes quanto às prioridades dos projectos, surgindo a ligação a Gondomar à frente, embora ainda com traçado por definir.

Para 2007/2013, a JM do Porto tem ainda como prioridades atrair novas actividades e empresários, reforçar a mobilidade, assegurar a sustentabilidade energética e ambiental, promover a requalificação urbana e a coesão social.

Estação Brito Capelo - "a estação mais provisória do Metro"

Matosinhos Hoje

26-07-2006
Carla Festas



Fotografia: Pedro Gomes

Quarta-feira. 15 horas. Um dia escolhido ao acaso para irmos, ao terreno, ver aquela que muitos chamam de “estação mais provisória do metro”. E ela lá está. Na Rua Brito Capelo, uma das estações do metro continua associada a duas pedras enormes, já familiares de quem ali há muito se senta para esperar que o próximo metro passe. Um provisório que mais parece definitivo e que desagrada, quer aos comerciantes, quer a quem por ali passa ou ali tem de estar à espera do metro.
Até porque, ali estar, significa lembrar-se de um outro projecto que temem que não passe daquilo mesmo – a tão ambicionada e falada “pala”.Chegam. E sentam-se. Nas duas pedras enormes que ali continuam colocadas, junto à estação do metro em frente à Caixa Geral de Depósitos. Esperam que o metro passe. E, numa das tardes quentes daquelas que têm estado, aproveitam para ficarem mais à sombra. Isto porque aquela pequena zona continua a albergar um protótipo da tão desejada “pala” que iria transformar – diziam os responsáveis – a rua Brito Capelo num centro comercial ao ar livre.
Na altura, uma situação provisória, que serviria de teste a um projecto que todos afirmam ser “revolucionário”. Um teste que, pelos vistos, está ainda para durar...Muitos dos que por ali passam ou mesmo dos que ali param nem sequer têm consciência de que este “provisório” já se arrasta há algum tempo... muito tempo, defendem alguns... “Eu apanho quase todos os dias aqui o metro e realmente dá para ver que isto não está assim muito pronto. Mas já está assim há tanto tempo...”. Isabel Ribeiro é, no entanto, assumidamente, uma das defensoras da existência da “pala”: “Acho que seria realmente uma forma de chamar mais pessoas aqui para a Rua Brito Capelo, uma rua tão antiga e tão conhecida de Matosinhos e que merecia que olhassem mais para ela”.~
Na altura da colocação do protótipo da estrutura, o principal objectivo era – recorde-se – ter uma primeira fase de avaliação, não só da recepção das pessoas, mas também do aspecto geral da rua caso a empreitada avançasse com um carácter definitivo. E, a julgar pelas respostas, a opinião é, “definitivamente”, favorável. “Um dos problemas do comércio, por exemplo, desta rua, é a concorrência dos centros comerciais e isso poderia ser uma ajuda”, lembra Luísa Santos. A forma como a estrutura continua é que já não recebe os mesmos elogios: “O que acho é que deveriam decidir, de uma vez por todas, o que fazer, se sim ou se não. Porque continuar assim é que fica estranho”.À espera de uma decisãoUma vez mais descontentes estão os comerciantes da rua.
Recorde-se que a ideia da cobertura da Rua Brito Capelo já tem alguns anos. Na altura da sua transformação em zona pedonal, já se pensava na construção de uma protecção para quem por ali circulasse a pé, só que a meio da rua. Com a requalificação provocada pelas obras do metro, o projecto viu, finalmente, luz verde para avançar. E o que é certo é que avançou. Mas muito pouco para o desejado. Construída em ferro, a estrutura é constituída por uma pala feita de material extensível e translúcido, uma película que os técnicos explicam semelhante às normalmente utilizadas para a cobertura de pavilhões e piscinas e era para estar ali até que os responsáveis da Metro do Porto e da Câmara Municipal de Matosinhos tomassem uma decisão. A decisão que é, agora, reclamada, quer pelos comerciantes, quer pela população. E que esperam não demore a chegar.O “Matosinhos hoje” contactou, entretanto, a autarquia no sentido de conhecer uma reacção e algumas informações acerca do andamento do projecto. Mas, até à hora do fecho desta edição, não nos foi possível obter qualquer resposta.

Linha Violeta (E) inaugurada - Serviço comercial em operação



Metro do Porto

3 de Julho de 2006

Fotografia: Metro do Porto


A Linha E (Violeta) está em exploração comercial desde 27 de Maio de 2006. A Linha E (Violeta) liga a Estação Aeroporto à Estação Estádio do Dragão, partilhando o canal da Linha Vermelha desde a Estação Verdes até à Senhora da Hora e, daí em diante, circulando também em paralelo com as Linhas Azul e Verde. Com a abertura desta linha, ficam disponíveis três novas estações: Aeroporto, Botica e Verdes. Esta última tem a particularidade de se situar ao centro do canal da Linha Vermelha, entre Crestins e Pedras Rubras, permitindo o rápido transbordo de clientes entre vários destinos.

A Linha E (Violeta) vem somar 1,6 quilómetros de extensão à rede do Metro do Porto, que passa agora a contar com um total de 60 quilómetros e 68 estações. Nesta nova linha, cerca de 1 quilómetro desenvolve-se em trincheira e em túnel, sendo os restantes 600 metros percorridos à superfície, em canais relvados, nomeadamente antes, durante e após as estações Botica e Aeroporto.

O serviço definido para a Linha E (Violeta), Estádio do Dragão – Aeroporto, preconiza ligações directas (sem qualquer transbordo) e muito rápidas (tempos de percurso na casa dos 20 minutos) até ao centro do Porto.

A Linha Violeta disponibiliza uma frequência de passagem de 20 minutos, o que equivale a uma média próxima das três passagens/hora/sentido. As composições em circulação nesta linha são simples, salvo em serviços especiais. A partir do Aeroporto e até o Estádio do Dragão o Metro pára em todas as estações. O mesmo sucede, naturalmente, no sentido inverso. Os horários de funcionamento integram-se nos praticados em toda a rede: 6H00/1H30, todos os dias do ano.

Em termos de tempos de percurso, o Metro do Porto assegura uma ligação Aeroporto – Casa da Música em 23 minutos e o trajecto Trindade – Aeroporto em 28 minutos. A totalidade da Linha Violeta é percorrida em 33 minutos, até Campanhã, ou em 35 minutos, até à Estação Estádio do Dragão.

Agora o Porto está ainda mais ligado ao mundo. Com a abertura da Linha E (Violeta), entre a Estação Estádio do Dragão e a Estação Aeroporto, passa a ser possível iniciar uma viagem de avião com origem no Metro do Porto. A rede fica ligada, com absoluta operacionalidade, a todos os destinos com origem no Aeroporto Internacional Francisco Sá Carneiro.

Através da obra de ligação do Aeroporto à rede do Metro, proposta pelo Conselho de Administração da empresa e aprovada pelo Governo, está estabelecida, pela primeira vez em Portugal, uma verdadeira intermodalidade nos sistemas de transporte de articulação europeia. O Sá Carneiro é o primeiro aeroporto português a fazer interface directo com uma rede ferroviária ligeira (o Metro), e interface com uma rede ferroviária pesada (as Estações da CP de Campanhã, de S. Bento e de General Torres, acessíveis através da rede do Metro). Aliás, trata-se de uma inovação significativa mesmo à escala europeia: basta referir que, em toda a Península Ibérica, apenas o Metro de Madrid serve o principal aeroporto, Barajas, da cidade, através da sua recente Linha 8.

O Metro do Porto reforça, com a ligação ao totalmente remodelado Aeroporto Francisco Sá Carneiro, o potencial para o desenvolvimento económico e social do Norte de Portugal no contexto europeu. Os utilizadores, nacionais e estrangeiros, desta equipamento gerido pela ANA passam a dispor de uma ligação ao centro do Porto e a todos os restantes concelhos abrangidos pela rede através de um meio de transporte rápido, seguro e eficaz.

A Estação Aeroporto do Metro fica situada precisamente em frente à zona de chegadas daquela infra-estrutura aeroportuária, em paralelo com a duas vias rodoviárias existentes. Em todo o caso, a circulação pedonal entre ambos os equipamentos é servida por um canal subterrâneo próprio, que dá também acesso aos parques de estacionamento enterrados do Aeroporto.

Assim, ao chegar à Estação Aeroporto, o cliente apenas necessitam de descer um piso – através de escadas rolantes, elevadores ou escadas fixas -, até ao corredor que passa sob a frente do Aeroporto. Em pouco menos de 50 metros, estão dentro do Aeroporto e, subindo agora um piso, situam-se em plena zona de chegadas.

De igual modo, o acesso à Estação a partir do interior do Aeroporto é extremamente simples e prático, estando devidamente sinalizado. A Estação Aeroporto dispõe de todas as comodidades e equipamentos habituais nas estações da rede do Metro do Porto, com a particularidade de se encontrar totalmente sob uma cobertura – uma estrutura de aço revestida a vidro. Também em termos estéticos, trata-se de uma importante qualificação do já de si altamente modernizado Aeroporto Internacional Francisco Sá Carneiro.
Acrescenta-se que, sendo construída a ligação Porto/Lisboa do Comboio de Alta Velocidade, está já reservada e preparada no Aeroporto a localização da futura Estação deste meio de transporte, precisamente ao lado da Estação do Metro, também em paralelo com a zona de chegadas.

quinta-feira, maio 18, 2006

Metro para o Aeroporto do Porto entra em funcionamento dia 27

Público

17.05.2006 - 22h35   Lusa




A Linha E (Violeta) do Metro do Porto, entre Pedras Rubras e o Aeroporto Sá Carneiro, é inaugurada no dia 27, anunciou hoje fonte da empresa.

Com esta linha, a rede fica ligada a todos os destinos com origem no Aeroporto Internacional Francisco Sá Carneiro, estabelecendo, pela primeira vez em Portugal, uma verdadeira intermodalidade nos sistemas de transporte de articulação europeia.

O Sá Carneiro é o primeiro aeroporto português a fazer uma ligação directa com uma rede ferroviária ligeira (Metro) e com uma rede ferroviária pesada (Estações da CP de Campanhã, de S. Bento e de General Torres, acessíveis através da rede do Metro).

Este facto representa uma inovação significativa mesmo à escala europeia havendo na Península Ibérica apenas um outro aeroporto, o de Barajas, em Madrid.

A estação Aeroporto do Metro fica situada em frente à zona de chegadas daquela infra-estrutura aeroportuária, em paralelo com as duas vias rodoviárias existentes. A estação está totalmente coberta por uma estrutura de aço revestida a vidro, integrada no aeroporto.

Ao lado do Metro ficará localizada a futura estação para comboios de alta velocidade, prevendo a ligação Porto-Lisboa por este modo de transporte.

A Linha E (Violeta), com três novas estações (Aeroporto, Botica e Verdes), vem somar 1,6 quilómetros de extensão à rede do Metro do Porto, que passa agora a contar com um total de 60 quilómetros e 68 estações.

O serviço definido para a Linha E (Violeta), Estádio do Dragão - Aeroporto, prevê ligações directas e rápidas (tempos de percurso de cerca de 20 minutos) até ao centro do Porto.

A operação desta nova linha arranca numa base experimental até 30 de Junho, período em que o serviço estará disponível somente até à Estação de Campanhã.

Os clientes que pretendam seguir até ao Dragão devem tomar, na Estação Intermodal de Campanhã, um veículo das linhas Azul, Vermelha ou Verde.

A partir do Aeroporto e até Campanhã, o Metro pára em todas as estações, sucedendo o mesmo em sentido inverso, com o horário de funcionamento praticado em toda a rede, entre as 06h00 e as 01h30, todos os dias do ano.

Em termos de tempos de percurso, o Metro do Porto assegura uma ligação Aeroporto-Casa da Música em 23 minutos e o trajecto Trindade-Aeroporto em 28 minutos.

Incluída nesta nova linha está a obra de requalificação urbanística levada a cabo pelo Metro do Porto ao longo da Estrada Nacional 107 (a antiga via principal de acesso ao aeroporto).

O projecto do arquitecto José Bernardo Távora, transformou parte da Estrada Nacional nº107 na Avenida do Aeroporto, com 1,5 quilómetros de extensão e onze metros de largura.


domingo, maio 07, 2006

Acesso original às urgências do S. João é hoje reposto

O Primeiro de Janeiro


A Comissão ad hoc para o enterramento da linha do Metro junto ao Hospital de S. João anunciou ontem que o acesso original aos Serviços de Urgência daquela unidade está concluído. Em declarações ao JANEIRO, o porta-voz da comissão afirmou que a inauguração decorre hoje e que as obras acabaram por ser executadas pelo hospital e pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, apesar de serem "um compromisso da Metro do Porto a qual não se disponibilizou para as realizar". Castro Henriques especificou que a forma como até à data se procedia a entrada para as urgências era incomodativa, "em ziguezague e com uma rampa sem o mínimo de condições". Neste sentido, prosseguiu, o Hospital de S. João e a Faculdade de Medicina optaram por tomar as rédeas da empreitada, construindo um acesso em tudo idêntico ao existente antes das obras do Metro do Porto. "Basicamente foi tapado o túnel de dentro do hospital e a rua exterior foi arranjada, extinguindo-se o ziguezague e colocando-se uma entrada directa às urgências", especificou o responsável.
Entretanto, aproveitando a inauguração de hoje, a comissão ad hoc irá mais uma vez reclamar do facto das vias envolventes ao S. João se encontrarem em mau estado. Castro Henriques avançou que nomeadamente a Rua António Bernardino de Almeida, onde se localiza o Instituto Português de Oncologia, está "toda esburacada, uma autêntica desgraçada que obriga os automobilistas a circular a passo de caracol". O responsável critica que o Metro "apenas se preocupou com instalação dos trilhos" e que, desde que inaugurou o último troço da Linha Amarela entre o Pólo Universitário e o S. João, "nunca mais fez nada relativamente a arranjos dos arruamentos".

Metro anuncia reforço para a Queima

O Primeiro de Janeiro




A Metro do Porto anunciou ontem o reforço das quatro linhas em funcionamento durante a semana da Queima das Fitas, entre 6 a 14 de Maio, com o alargamento dos horários e o reforço da capacidade de transporte das carruagens. Com o prolongamento da rede, a empresa diz estar mais próxima dos locais onde decorrem os festejos, nomeadamente do Queimódromo a 400 metros da Estação Matosinhos Sul. Por isso, a entrada em funcionamento da Linha Azul vai ser antecipada das 6h00 para as 5h00 com uma frequência de 15 minutos. A partir das 6h00 a frequência passa a ser a cada 10 minutos. Para servir o cortejo académico que se realiza na Baixa na próxima terça-feira, próximo das estações da Trindade e Avenida dos Aliados, a Metro do Porto vai reforçar a Linha Amarela a partir das 15h00 com mais 600 lugares por hora do que é costume. Um reforço idêntico será feito na noite da Serenata com a frequência de 10 minutos das carruagens que circulam na Linha Amarela entre a meia-noite e a 1h00 de domingo. Para assegurar a deslocação entre a Serenata, na Cadeia da Relação, e o Queimódromo a Linha Azul funciona até às 2h00 com uma frequência de 10 minutos. Já na manhã de domingo a Metro do Porto serve o Estádio do Dragão, onde decorrerá a Missa de Bênção das Pastas às 11h00, com as Linhas Azul, Vermelha e Verde. Com a chegada do metro à Póvoa do Varzim, este pode ser o meio escolhido para chegar ao Chá Dançante a 13 de Maio, no Casino da Póvoa, e à Garraiada na Praça de Touros da Póvoa, marcada para domingo, 14 de Maio, às 14h30.

Para servir quem vai ao Estádio do Dragão

O Primeiro de Janeiro


Metro do Porto com serviço especial


O Metro do Porto associa-se às comemorações da conquista do 21º campeonato nacional dos «azuis e brancos», com uma operação especial de grande envergadura.

Nas duas horas anteriores ao início do jogo de hoje – a partir das 16h30 horas, portanto –, é reforçada a oferta de transporte através da entrada em funcionamento de diversos veículos duplos adicionais. Assim sucede na Linha Azul, com três veículos duplos e três veículos simples por hora, na Linha Vermelha, dois duplos e dois simples por hora, e na Linha Verde, com três veículos duplos por hora. Acresce a este reforço de serviço, a colocação de mais dois veículos duplos por hora em circulação entre a Senhora da Hora e o Estádio do Dragão.
Na Linha Amarela, mantém-se a oferta de seis veículos simples por hora/sentido.
Por junto, entre as 16h30 e as 18h30, o Metro do Porto disponibiliza uma capacidade de transporte de 7250 lugares/hora/sentido. O que significa que, neste período, poderão ser transportados até cerca de 15 mil clientes com destino à Estação Estádio do Dragão.

Reforço da oferta
Após o final do jogo e depois de feita a festa do campeão, o Metro do Porto está preparado para transportar 8 mil clientes nos primeiros 40 minutos. Este reforço da oferta passa pela disponibilização de 16 veículos duplos com partida do Estádio do Dragão, após o FC Porto/Guimarães.

quinta-feira, abril 27, 2006

Arquivado caso Metro

Correio da Manhã

Joaquim Gomes, Porto


O DIAP do Ministério Público do Porto arquivou o caso das suspeitas sobre a Metro do Porto, nascidas no processo 'Apito Dourado'. Em causa estava uma das certidões remetidas no final de Janeiro pelo procurador Carlos Teixeira, do Ministério Público de Gondomar, ao DIAP do Porto, que teria de decidir se acusava ou não, dado que os factos se tinham passado em comarca diferente.


Este processo referia-se a um alegado favorecimento a empreiteiros para as obras envolventes da Casa da Música, no Porto. Joaquim Camilo Nunes da Silva, dono da J. Camilo, empresa de construção civil sem alvará de obras públicas, teria apresentado em 2004 a Valentim Loureiro, presidente da Metro, outro empreiteiro, Alberto Couto Alves, dono da empresa de obras públicas de Famalicão responsável por parte daquela obra.

Nas escutas levadas a cabo pela PJ, Valentim Loureiro refere um cheque que os investigadores interpretaram como sendo de Joaquim Camilo para o Major, de forma a conseguir obras para Couto Alves, de quem era amigo. Para a defesa, o cheque era do próprio Major e destinava-se a garantir um empréstimo daquele empreiteiro ao Boavista, clube ao qual Valentim está muito ligado. O cheque pertencia de facto ao ex-líder do Boavista e servia como garantia do empréstimo.

Na sequência deste processo Valentim esteve suspenso durante um ano da presidência da Metro por decisão da juíza Ana Cláudia Nogueira.

Prejuízo continua a subir no elevador dos Guindais

Jornal de Notícias

Hugo Silva, Fernando Timóteo





Funicular dos Guindais, que liga as zonas da Ribeira e da Batalha, no Porto, soma prejuízos. Durante o ano passado, a situação do equipamento, da responsabilidade da Empresa do Metro, agravou-se a receita por cada lugar/quilómetro oferecido foi de 27,81 cêntimos, mas a despesa foi de 71,78 cêntimos (mais 44% do que em 2004); a receita por cada passageiro quilómetro foi de 2,20 cêntimos, mas a despesa foi de 5,22 cêntimos (mais 35% do que em 2004).

E só os turistas - os picos de validações registam-se nos meses de Verão e aos fins-de-semana e feriados - servem para equilibrar, um pouco, as contas.

Na maior parte das viagens - e durante 2005 foram efectuadas 35425 - os veículos seguem com pouco gente. Ou mesmo vazios.

Ainda assim, o elevador continua a ser um meio de transporte privilegiado para quem mora ou trabalha nas imediações. "Uso-o todos os dias. Como moro em Faria Guimarães, venho de metro e, depois, apanho o elevador para a Ribeira, onde trabalho como cozinheira", explicou Fátima Gomes, lamentando, apenas, que o serviço não funcione até mais tarde. "Quando saímos mais tarde, à noite, temos de ir a pé... Ainda é um pedaço", desabafou.

"Quando não havia elevador, tinha que usar as escadas dos Guindais", recordou, por sua vez, Margarida Barros. Entrou no funicular na Batalha e foi a única passageira a efectuar a viagem descendente. Foi ao banco e, como demorou menos de uma hora, ainda pôde utilizar o mesmo andante que usou na viagem de ida. "Para fazer estas coisas rápidas vale a pena. Caso contrário, é um bocado caro", sustentou a moradora dos Guindais, admitindo que são principalmente os turistas a usar o funicular. Mas não só. "Faz muito jeito para vir ao centro de saúde, sobretudo para os idosos ou para quem, como eu, tem crianças pequenas", acrescentou Margarida Barros, de 23 anos, e com três filhos um com cinco anos, outro com dois e o terceiro com um.

"Moro na Ribeira, mas é raro usar o elevador, porque o meu emprego fica a 15 ou 20 minutos a pé. Só utilizo quando está a chover", referiu Lúcia Arruda, açoreana, mas a viver há alguns meses no Porto, depois de seis anos a trabalhar em Lisboa.

quarta-feira, abril 19, 2006

Obra do Metro "estacionada" no ISMAI

Maia Hoje




Opiniões dividem-se. Para alguns clientes, a nova extensão da Linha Verde deveria ter esperado pela conclusão dos parques de estacionamento na estação do instituto superior, para outros é muito bem vinda a chegada do transporte, mesmo com "os buracos".

José Matos

Não houve qualquer cerimónia oficial de inauguração na chegada das composições do Metro à Estação do Ismai, no último dia do mês de Março.
O momento ficou, apenas, marcado por uma viagem surpresa - que acabou por não ser tão surpresa assim - de alguns autarcas e directores da empresa Metro. O edil maiato, Bragança Fernandes, acompanhado por vários autarcas locais, assim como Valentim Loureiro, presidente do Conselho de Administração da Empresa Metro, e Oliveira Marques, presidente da Comissão Executiva do Metro do Porto, saíram na Estação do Ismai, tendo oportunidade de cumprimentar os presentes.
Valentim Loureiro recusou fazer qualquer comentário aos jornalistas presentes. Já Bragança Fernandes congratulou-se com o novo avanço do metro, desvalorizando as obras que ainda decorrem no terreno; «Hoje é um dia muito feliz para mim, para os castelenses e para os maiatos em geral. São mais quatros quilómetros e meio de linha construída, que passa sob o viaduto IC 24 em 700 metros, com zona pedonal. Vai favorecer a mobilidade na Maia, as estradas vão ficar mais desanuviadas. Nos próximos seis meses as obras que faltam na Estação do Ismai vão ficar solucionadas, ou seja os quatro parques de estacionamento».
O edil maiato, após a primeira viagem no novo troço, destacou também os ganhos que o Ismai vai passar a ter; «O nome desta estação vai dar notoriedade ao Instituto Superior da Maia em toda a Área Metropolitana do Porto. Por outro lado, os alunos da faculdade - cerca de três mil - passam a contar com melhores condições para se deslocarem».
Bragança Fernandes notou, ainda, que o mais importante agora é trabalhar para que o metro avance em direcção à Trofa.
Oliveira Marques, relativamente às obras no terreno, notou que o interessa é levar o metro às localidades carentes; «Obras por concluir existirão sempre, visto que damos prioridade ao transporte de passageiros. O resto faz-se com calma».
No que concerne a este tema, o MaiaHoje teve oportunidade de falar com alguns clientes do novo troço e as opiniões divergiram. Gonçalo Monteiro comentou que o metro «já devia ter chegado há mais tempo». João Nogueira garante não estar contra o metro, «mas contra uma inauguração apressada. Em dias de chuva ninguém se consegue aproximar da estação do Ismai». Faustino Pinto refere que «neste momento a Vila está emparedada pois cortaram algumas passagens viárias». Já Carlos Rocha discorda em parte destas opiniões; «Para mim é muito bom termos o metro a chegar ao Castêlo. É um avanço, pois não contávamos com outros transportes».
A extensão da Linha Verde (C) liga o Fórum da Maia ao ISMAI em aproximadamente 8 minutos. Desde o Estádio do Dragão são cerca de 43 minutos. Com o novo troço (4,45 quilómetros) inauguram-se quatro novas estações: Zona Industrial, Mandim, Castêlo da Maia e Ismai.
Assinale-se que durante os meses de Abril e Maio o novo troço não funcionará de forma regular. Isto porque estarão no terreno (diariamente das 20h00 à 1h30) trabalhos de sinalização.
A 31 de Março também se inaugurou a ligação do Pólo Universitário/IPO/Hospital de S. João da Linha Amarela.
A terminar refira-se, em jeito de curiosidade, que o mês de Março marcou um recorde em relação ao número de clientes da Metro, ultrapassando a fasquia dos três milhões (crescimento de 20 por cento face a Fevereiro).

sexta-feira, abril 14, 2006

Abaixo-assinado na Póvoa

O Primeiro de Janeiro


Metro até mais tarde


Um grupo de utentes da Linha da Póvoa está a preparar um abaixo-assinado no sentido de pedir a alteração do horário do último transporte que parte da estação final. Numa informação publicada pelo blogue da Comissão de Utentes da Linha da Póvoa (CULP) destaca-se
que esse grupo "usualmente toma o último transporte da Póvoa para o Porto" e pretende uma mudança do horário do mesmo. Segundo o texto do abaixo-assinado, "o último parte da Póvoa de Varzim às 00h15, o que dificulta a vida a todos e todas que, trabalhando por turnos, saem à meia noite dos seus trabalhos". Explica o grupo que "como a paragem da Póvoa fica a sul do concelho, é impossível para muitos chegarem a tempo de apanhar este transporte, aliás o único a estas horas". O grupo explica que como o Metro "é um serviço público e recebe comparticipação do Estado tem obrigação de fazer um serviço social" nomeadamente ir de encontro às necessidades dos cidadãos que o utilizam.
O que os firmantes pretendem é um atraso da partida do último percurso para as 00h45, como se explica no documento que foi entregue à Metro do Porto, sobretudo porque os viajantes a essa hora trabalham em turnos que terminam à meia-noite.
Associando-se aos subscritores daquele abaixo-assinado, a CULP escreve no seu blogue (em http://utentes-linhadapovoa.blogspot.com) que esse horário é também "limitativo" para a diversão e lazer nocturno da Póvoa, em especial no Verão, seja para clientes, seja para o recrutamento de mão-de-obra.


terça-feira, abril 11, 2006

Metro do Porto: Gaia sem circulação para instalar cobertura de estação

Diário Digital

Diário Digital / Lusa

11-04-2006 18:54:36



O troço final da Linha Amarela do Metro do Porto em Gaia vai estar cortado à circulação entre as 22:00 de hoje e a manhã de quarta-feira para a colocação da cobertura da Estação João de Deus, anunciou a empresa.

Aquela estação, que corresponde ao término sul da Linha Amarela, é a única de superfície de todo o Metro do Porto que dispõe apenas de cais central, o que impossibilita a instalação dos abrigos convencionais.

Daí que a empresa tenha optado pela colocação de uma estrutura de coberturas diferente, de instalação mais complexa, o que irá obrigar à interrupção, por várias horas, da circulação de carruagens.

Assim, a partir das 22:00 horas, as carruagens terminarão o seu circuito na estação anterior, a de General Torres, podendo o restante percurso, até à Estação de João de Deus, ser efectuado com recurso a autocarros destacados para o efeito.

Este serviço alternativo, disponível para todos os utentes com título de transporte validado, funcionará até às 01:30 horas da madrugada de quarta-feira, hora em que normalmente termina o serviço do Metro do Porto.

A instalação da cobertura obrigará ainda ao corte da circulação automóvel na Avenida da República, nas imediações da Estação João de Deus, entre as 22:00 horas de hoje e as 05:00 horas de quarta- feira.

Esta operação permitirá a instalação da primeira secção da pala que funcionará como cobertura, prevendo-se que os trabalhos continuem nas noites de 21 e 22 de Abril, assim como 5 e 11 de Maio, datas em que novamente haverá limitações na circulação do metro.


segunda-feira, abril 10, 2006

Metro do Porto com «forte probabilidade» de acidentes

Portugal Diário

2006/03/31 | 14:11



A Comissão Ad Hoc para o enterramento da linha do metro frente ao Hospital de S.João responsabilizou hoje os responsáveis pela empresa Metro do Porto e o Governo pelos eventuais acidentes que ocorram naquela zona.

«Estamos perante uma passagem de nível de 800 metros sem guarda. Esperamos que em caso de acidente haja o bom-senso de responsabilizar criminalmente os responsáveis», disse o presidente da comissão, citado pela agência Lusa.

Em declarações à Lusa, no final de uma viagem guiada pelos acessos à zona da Asprela com o objectivo de avaliar o impacto da chegada regular do metro ao hospital de S.João, Castro Henriques alertou para a «forte probabilidade de ocorrência de acidentes muito graves».

O Metro do Porto chegou hoje ao Hospital de S.João (término da Linha Amarela) e ao Instituto Superior da Maia (Ismai), término da Linha Verde, com a entrada em funcionamento de dois novos troços.

«Se já antes, a situação era muito complicada, em termos de circulação rodoviária e de peões, a passagem do metro vai inevitavelmente fazer aumentar o risco de acidentes viários», disse o responsável, apontando como uma das zonas mais complicadas, a das traseiras do hospital, no cruzamento com a Rua Roberto Frias.

Apontou ainda a dificuldade de acesso das ambulâncias ao serviço de urgência, devido às «lombas e buracos» que permanecem na ligação à unidade hospitalar.

«O metro devia facilitar o trânsito, mas o que hoje confirmamos foi que a circulação piorou muito», frisou, manifestando a intenção da comissão «continuar a defender o enterramento da linha em frente ao hospital de S.João».

Castro Henriques acredita que «quando começarem a registar-se acidentes muito graves, alguém com bom senso irá dar-nos ouvidos».

Para a Comissão, «não se compreende como é que uma linha [Linha Amarela] do Metro do Porto cujo traçado é todo ele enterrado, venha à superfície na zona mais povoada».



terça-feira, abril 04, 2006

Metro do Porto ultrapassa os 3 milhões de passageiros/mês

Agencia Financeira


[ 2006/04/03 | 20:35 ] EditorialLusa/SAS


O Metro do Porto ultrapassou em Março a fasquia dos três milhões de clientes/mês, estabelecendo um novo recorde mensal, anunciou hoje no Porto fonte da empresa.
Nos 31 dias de Março, as validações efectuadas na rede foram 3.067.311, o que representa um crescimento de 20% face a Fevereiro, de acordo com informações de fonte de empresa, no Porto, à agência «Lusa».

O anterior recorde mensal tinha sido batido em Janeiro, quando foram registadas 2.707.783 validações.

O valor atingido em Março quase duplica o verificado no mês anterior, o que se deve ao facto de integrar já os novos clientes servidos pela Linha Amarela e as estações do segmento Pedras Rubras, Póvoa de Varzim da Linha Vermelha, inaugurado há pouco mais de duas semanas.

A fonte referiu que os efeitos da abertura dos troços Fórum Maia, ISMAI da Linha Verde e Pólo Universitário, Hospital de São João da Linha Amarela não são ainda visíveis, dado que estes entraram em operação apenas sexta-feira, último dia de Março.

A data de maior procura em Março foi o dia 22, data em que se realizou um FC Porto/Sporting no Estádio do Dragão, com 141.096 validações.

Em termos médios, registaram-se 117.210 validações nos dias úteis e 46.434 validações aos sábados e domingos.

Já no que toca à distribuição dos clientes pelas quatro linhas em operação, mais de metade da procura centra-se no tronco comum Estádio do Dragão, Senhora da Hora (Azul, Vermelha e Verde), com 50,2% das validações do mês.

Segue-se da Linha Amarela (30,8%), da Linha Azul (8,8%), da Linha Vermelha (4,9%) e da Linha Verde (4,3%).

A velocidade comercial média da rede do Metro do Porto situa- se nos 25,1 km/hora e a taxa de disponibilidade da oferta está nos 99,7%.


quinta-feira, março 30, 2006

Faltam peças na conclusão do ‘puzzle’ do Metro

Póvoa Semanário


Miguel Pinto


No programa ‘Marés Vivas’ da Rádio Mar (89FM), David Santos e Paulo Costa saudaram a chegada do metropolitano de superfície à cidade da Póvoa de Varzim mas deixaram alertas quanto a lacunas evidentes nesse projecto. Em paralelo analisaram o contexto político local no executivo poveiro e as mudanças nos principais partidos do concelho

1- O metro de superfície já chegou à Póvoa, mas ainda é, a vários níveis, uma obra incompleta. Como é que perspectivam o epílogo desse projecto? Será possível a sua extensão até ao centro intermodal a localizar na zona de Barreiros?

2- Luís Diamantino (PSD) e Renato Matos (PS) assumiram a liderança das Comissões Políticas Concelhias dos dois principais partidos na Póvoa. O que é que podem representar estas alterações no figurino político poveiro?

3- Como é que caracterizam o relacionamento entre PS e PSD no executivo municipal?

David Santos
1- "Temos que estar satisfeitos pela inauguração do troço que faltava e que mais directamente nos dizia respeito. Para os utilizadores frequentes a conclusão da linha era fundamental, mesmo que nesta fase ainda se notem vários problemas. Não podemos esquecer que, durante quase quatro anos, essas pessoas enfrentaram grandes dificuldades nas deslocações para o Porto, o que agora deixará de se verificar. Ainda assim não deixa de ser estranho que as questões relacionadas com as novas carruagens 'Traim-Train' ainda não estejam completamente resolvidas, tal como não deixa de ser estranho que algumas obras de beneficiação urbana não tivessem também já resolvidas.

2- Em relação ao centro intermodal de Barreiros, penso que nada ainda está decidido. Foi o próprio ministro quem o referiu, para mal dos poveiros em geral, o que indicia que esse projecto poderá ficar nas calendas. Por isso, penso que a Câmara Municipal terá que adoptar uma posição de força junto do governo, fazendo ver que esse centro intermodal será fundamental para a Póvoa de Varzim como cidade e como concelho.

" Penso que ambas as personalidades foram duas boas escolhas: Luís Diamantino é alguém que, pelo facto de estar no poder autárquico há vários anos, tem grande visibilidade pública o que lhe facilita um maior reconhecimento por parte da população permitindo-lhe capitalizar, no bom sentido, alguns dividendos políticos. Ainda assim, continuo a achar que o PSD na Póvoa é um partido vazio e que vive exclusivamente à sombra da Câmara Municipal e em especial à sombra de Macedo Vieira.
Renato Matos é um jovem com ambição e que já demonstra uma assinalável experiência política. Teve um percurso sempre ligado aos órgãos locais, distritais e nacionais da Juventude Socialista, assumindo já há três mandatos o lugar de deputado municipal com intervenções assíduas e sempre bem estudadas e fundamentadas. É uma pessoa capaz, competente e que busca sempre soluções consensuais no interior do PS. Penso que está a tentar transmitir uma mensagem de disciplina no interior do partido e não uma mensagem de ruptura com o passado. "

3- "É natural que, de parte a parte, haja uma demarcação de terreno, até porque os vereadores do PS recusam, e bem, assumir um papel de meros observadores que já por algumas vezes lhes foi atribuído por Macedo Vieira. O PSD ganhou as eleições, é certo, mas o PS elegeu três vereadores que representam uma parcela significativa da população poveira. Isso tem que ser respeitado pelo presidente da Câmara que, dessa maneira, evitava um clima sistemático de crispação que, na minha opinião, não está a ser bem compreendido pela população e que, no futuro, poderá ser penalizador quer para Macedo Vieira, quer para Silva Garcia. A verdade é que os vereadores do PS têm feito os trabalhos de casa e apresentam-se bem preparados nas reuniões do executivo, onde têm apresentado ideias e propostas alternativas, demonstrando que quando o PS se apresentou às eleições fê-lo de uma forma sustentada e com um projecto alternativo."

Paulo Costa
1- "Penso que se trata de uma importante mais-valia para a cidade e para todo o concelho. Esta ainda é uma fase que tem várias arestas para limar e que, por isso, está a suscitar algumas queixas ao nível dos tempos de viagem, dos tarifários e das obras de requalificação paisagística nas imediações da linha. No futuro, penso que as novas carruagens vão diminuir claramente essas queixas e acredito também que a empresa do metro irá ter em conta os preços praticados, em especial para os estudantes e reformados. Quanto às obras de reinserção urbana, é algo que está a verificar-se e que levará o seu tempo. No essencial, penso que o pior já terá passado.
Quanto ao centro intermodal de Barreiros, não há dúvidas em relação à sua importância. É uma estrutura fundamental para ligar todas as freguesias do concelho e até para captar as populações de Esposende e de Viana do Castelo. Por tudo isso acredito que a Câmara Municipal, tal como o tem vindo a fazer, vai continuar a lutar por esse projecto mesmo que não seja fácil conseguir convencer o governo nesse sentido. Repare que agora não faltam exigências de quase todos os municípios envolvidos no projecto do metro."

2 - "Tratam-se de duas figuras bem conhecidas, mas com modos de actuação diferentes. No PSD, Luís Diamantino, que conhece muito bem os meandros da política local, deverá adoptar uma política de continuidade assente numa equipa renovada que se pretende implantar ainda mais nas freguesias do concelho. Ao contrário do que diz o David Santos, não penso que o PSD se esgote na actuação da Câmara Municipal, apesar de reconhecer que é a Câmara Municipal que tem dado maior visibilidade ao PSD. O trabalho que tem vindo a ser realizado na autarquia é o resultado da actuação das pessoas eleitas pelo PSD no projecto que o partido apresentou à população e que voltou a ser sufragado nas últimas autárquicas.

Por outro lado, Renato Matos é uma pessoa ainda jovem mas que revela já uma experiência política assinalável. Fez-se rodear de pessoas de qualidade e, com o sangue na guelra que também o caracteriza, pretende fazer crescer o PS, em especial nas freguesias que é onde se costumam ganhar as eleições autárquicas. Pelo seu discurso, acredito que Renato Matos quer deixar bem vincada a sua posição no interior do partido, e rentabilizar os resultados obtidos nas últimas autárquicas, nas quais o PS conquistou duas Juntas de Freguesia. Em suma, antevê-se um período interessante ao nível do combate político local."

3- "É um facto que a nova composição do executivo reforçou a presença do PS. Por outro lado, Silva Garcia é um elemento com outro peso, com outra visibilidade pública e que tem chocado sistematicamente com Macedo Vieira. Por isso, não me admira a turbulência que tem vindo a ser sistematicamente noticiada na comunicação social após as reuniões do executivo. Importante é que haja elevação e não crispação política apesar dessas sucessivas marcações de posição, quer de um lado, quer do outro, serem compreensíveis nestes primeiros meses de mandato.
Durante os oito anos em que estive na Câmara Municipal como vereador do PSD eu testemunho que o meu partido aprovou várias propostas da oposição. Por isso, o que eu acho importante é que se trabalhe: o PSD no trilho do seu programa eleitoral e o PS na apresentação das propostas que entenda serem convenientes para os munícipes. Depois logo se vê o resultado."

"Estado deve controlar Metro do Porto"

Diário de Notícias



O ministro das Obras Públicas assumiu ontem, no Parlamento, que o Estado deve ser maioritário no capital da empresa Metro do Porto (MP). Mário Lino, que se deslocou à Comissão parlamentar respectiva para debater questões relativas às derrapagens de custos e de prazos nas várias linhas de metropolitano do País, referiu que no caso do Porto está neste momento a funcionar uma comissão incumbida de estudar a sustentabilidade financeiras da extensão do projecto.

Apesar de não antecipar as conclusões desta comissão, o ministro frisou que será quase inevitável que a Metro do Porto tenha um aumento de capital, sendo nessa fase que, em seu entender, o Estado deve vir a ter a maioria, uma vez que já tem "a maioria das responsabilidades". Mário Lino deixou bem claro que se trata de "uma decisão política", que terá de ser alvo de negociações entre a Junta Metropolitana do Porto e o Executivo, e disse que a Comissão que está a estudar a sustentabilidade do projecto de prolongamento do metro do Porto terá o seu trabalho pronto dentro de pouco tempo.

Já sobre o Metropolitano de Lisboa, o governante considerou que o aumento de custos se situa em torno dos 10 %. Segundo Mário Lino, existe na verdade um relatório do Tribunal de Contas em que se fala num acréscimo de cerca de 60 % do custo da expansão do metropolitano, uma vez que aos 210 milhões do projecto inicial se somaram mais cerca de 128 milhões. Só que, frisa o ministro, se estas contas estão correctas, não contemplam os chamados preços constantes. Se o fizessem, ver-se-ia que o aumento de custos a preços constantes é da ordem dos 10 %.

Mário Lino fez questão de referir igualmente que a derrapagem de custos e de prazos é um problema de todas as grandes obras públicas, a que o Executivo está a prestar especial atenção, dada a mudança de enquadramento legal (ver caixa). Mas, disse, mesmo com as regras anteriores, o Executivo teve o cuidado de obrigar as empresas a um maior "rigor" numa série de matérias.

Questionado pelo deputado social-democrata Luís Rodrigues sobre a situação do Metro Sul do Tejo, a secretária de Estado dos Transportes afirmou que está neste momento a ser desenvolvido um trabalho de negociação entre a empresa concessionária e o Executivo para avaliação dos sobrecustos provocados pelos atrasos no processo, em boa medida originados por entraves colocados pela Câmara de Almada.

Ana Paula Vitorino referiu que a empresa concessionária e o próprio Estado têm já ideias concretas sobre os sobrecustos originados pela posição da autarquia, considerando não se poder "revelar os números em concreto, por se estar em fase de negociação". A secretária de Estado e o ministro das Obras Públicas lembraram todo o processo, designadamente o protocolo inicial assinado por várias autarquias, incluindo a de Almada.

Ana Paula Vitorino deixou bem claro que o Executivo não deixará de avaliar quem tem responsabilidades pelo aumento de custos nas obras, referindo que, se todos concordam que é da máxima utilidade que existam parques para automóveis, as autarquias não podem exigir que seja o Estado ou as empresas concessionárias a custearem a sua construção, quando tal não estava previsto no protocolo inicialmente aprovado. C

terça-feira, março 28, 2006

Metro do Porto quer descontos para desempregados

Jornal de Notícias




Hugo Silva

Opresidente da Comissão Executiva do Metro do Porto, Oliveira Marques, defendeu a necessidade de implementar descontos nos bilhetes para desempregados. O tarifário social do título andante deverá entrar em vigor até ao início de Maio, mas só prevê reduções para estudantes, reformados e crianças. "Vamos sentir a necessidade de incluir o segmento dos desempregados. Não sei qual será a solução, mas temos de a encontrar, ou o metro tornar-se-á num factor de exclusão social e isso não pode acontecer", subinhou Oliveira Marques, na sessão de apresentação de um estudo sobre o perfil do utente, no qual foi revelado que a maioria dos clientes são mesmo pessoas das classes mais elevadas (média, média alta e alta).

O presidente da Comissão Executiva da Metro do Porto revelou, ainda, a necessidade de alterações ao tarifário, nomeadamente com a criação de mais títulos e a adopção de maior flexibilidade. No fundo, fazer com que os clientes "só paguem aquilo que, de facto, utilizam". Exemplo disso é a assinatura mensal, conforme explicou OliveiraMarques mesmo que o cliente não use o metro durante alguns dias, paga como se efectuasse as viagens.

Ainda assim, o responsável lembrou os dados do inquérito (elaborado pelo Instituto para o Desenvolvimento e Investigação em Marketing), que indicam a economia de dinheiro como um dos principais factores que levam as pessoas a optarem pela utilização do metro (logo a seguir à rapidez). Mas se a rapidez, a pontualidade e a frequência de passagem dos veículos são os pontos fortes do serviço apontados pelos utentes, somaram-se as queixas relativas às condições das estações de superfície.

"São desconfortáveis"

"A solução não é feliz. As estações de superfície podem ser muito bonitas, mas não são funcionais. São desconfortáveis e, num caso, as máquinas de validação estão escondidas", concordou Oliveira Marques. "É o perigo de nos submetermos à ditadura dos arquitectos", sustentou, referindo que os projectistas deverão ter maior "flexibilidade" para conjugar a estética com a funcionalidade.

"Alguma coisa tem de ser feita", continuou, admitindo que será necessária uma rectificação ao projecto original das estações.

E em vias de conclusão estão os trabalhos de rectificação (recuo) do muro da Escola Superior de Enfermagem do Porto, tendo em vista a abertura da Linha Amarela até ao S. João.

Segundo Oliveira Marques, a operação comercial até ao hospital deve avançar já na próxima sexta-feira. O dia em que os veículos também começarão a tranportar passageiros entre o Fórum da Maia e o ISMAI. A Linha Verde, por agora, fica completa, uma vez que ainda não há autorização do Governo para a duplicação da via até ao concelho da Trofa. "A operação na Linha Verde, até ao ISMAI, deverá arrancar às 16 horas, sem cerimónia oficial de inauguração", esclareceu Oliveira Marques, sublinhando, porém, que a Câmara da Maia pretende assinalar o momento.

Com a primeira fase da rede quase terminada, Oliveira Marques aproveitou a opinião favorável dos clientes (o índice global de satisfação com o serviço é de 79,3%, subindo 1,5% face ao ano passado) para deixar o desabafo em tom de desafio "Com estas conclusões, o metro sabe a pouco. É natural que as pessoas digam que devia haver mais rede".

segunda-feira, março 27, 2006

Metro do Porto chega ao Hospital de S. João

Portugal Diário


2006/03/27 | 20:05


O troço da Linha Amarela do Metro do Porto entre o Pólo Universitário e o Hospital de S. João entra sexta-feira em funcionamento, anunciou esta segunda-feira o presidente da Comissão Executiva da empresa, Oliveira Marques.

Aquele responsável referiu que tudo está a ser feito para que a entrada em funcionamento deste troço ocorra em simultâneo com a do último troço da Linh a Verde, entre o Fórum da Maia e o ISMAI-Instituto Superior da Maia, que está marcada para as 16:00 de sezta-feira.

Oliveira Marques referiu que a entrada em funcionamento se efectuará «sem qualquer cerimónia especial».

A entrada em funcionamento do troço da Linha Amarela entre o Pólo Unive rsitário e o Hospital de S. João vem completar a Linha Amarela no concelho do Po rto, ficando ainda por concluir, em Gaia, o último troço desta via, entre a Câmara de Gaia e a estação João de Deus.

Aquele responsável anunciou ainda a inauguração da Linha do Aeroporto (ramal que ligará a estação Pedras Rubras, na Linha Vermelha, ao Aeroporto Sá Carneiro) para finais de Maio.

Oliveira Marques falava durante a apresentação dos resultados do Inquérito sobre o Perfil e Grau de Satisfação dos Clientes do Metro do Porto, que revela uma melhoria relativamente ao ano anterior.

O inquérito, realizado pelo Instituto para o Desenvolvimento da Investi gação em Marketing (IDIM), apresenta um grau de satisfação dos clientes do Metro do Porto de 79,3 por cento, apresentando uma melhoria de 1,5 pontos percentuais relativamente ao ano anterior.

Metro do Porto teve resultado negativo de 71,33M€ em 2005

Diário Económico


2006-03-23 20:30


DE com Lusa


A Metro do Porto teve em 2005 um resultado negativo de 71,33 milhões de euros, atribuível ao elevado investimento realizado na construção da rede, revela o relatório de contas da empresa, hoje publicado.

Do relatório destaca-se o reforço da componente operacional da actividade da empresa, devido ao crescimento da rede em operação comercial.

O elevado investimento da construção da rede é, por sua vez, responsável pelo crescimento do activo imobilizado, que relativamente a Dezembro de 2004 apresenta um acréscimo de 29,9%.

O capital próprio cresceu 21,3% em resultado das comparticipações recebidas do Estado e dos fundos comunitários.

Quanto à conta de exploração do Sistema de Metro Ligeiro, evidencia uma margem bruta negativa de 11,5 milhões de euros e uma margem líquida deficitária de 41,1 milhões de euros, o que representa, respectivamente, agravamentos de 19,2% e de 47,6%.

O relatório revela ainda que o Sistema de Metro Ligeiro apresenta um custo operacional de 2,97 cêntimos por lugar/quilómetro oferecido (o que representa uma melhoria de 16,4% relativo ao período homólogo anterior) e de 22,52 cêntimos por passageiro/quilómetro (menos 29,6% que em igual período de 2004).

Onde o Metro do Porto perde mais dinheiro é no Funicular dos Guindais (que liga as zonas da Ribeira e da Batalha), que representa um custo operacional de 71,78 cêntimos por lugar/quilómetro oferecido e de 5,22 euros por passageiro/quilómetro transportado, o que reflecte agravamentos da ordem dos 44% e dos 35%, respectivamente.

As contas das Metro do Porto integram, pelo método de consolidação proporcional, as contas dos Transportes Intermodais do Porto, Agrupamento Complementar de Empresas (ACE) que é a entidade responsável pela gestão do sistema Andante, bilhete único dos transportes colectivos do Porto.

O capital dos TIP é detido, em partes iguais pela Metro do Porto, pela Sociedade de Transportes Colectivos do Porto e pela CP.

domingo, março 26, 2006

Opiniões sobre o metro

Póvoa Semanário


João Costa 18 anos Estudante
"Moro na Póvoa e utilizo diariamente o Metro para me deslocar até ao Instituto Superior de Engenharia – ISEP – local onde estudo - e considero que a situação está bem melhor. Ainda não utilizei o Expresso, que apenas pára em Vila do Conde e Pedras Rubras, e, por isso, penso que a viagem é, um tanto ou quanto, demorada, dado o excessivo número de estações em que o veículo pára. Além disso, parece-me que existe uma distância muito curta entre todas as paragens, o que não se justifica. Mas analisando os prós e os contras, este é, sem dúvida, um meio de transporte bem melhor do que os autocarros que faziam os chamados 'percursos alternativos'. Só lamento que, agora, demore mais 20 minutos do que anteriormente para chegar ao pólo universitário. Mesmo assim, defendo que este meio de transporte é melhor,e, acredito que melhore quando vierem as novas carruagens".

C. Pereira 31 anos Restauração
"Sou um utilizador habitual da linha vermelha da Metro do Porto. Não tenho razões de queixa dos transportes alternativos, pareciam-me uma excelente solução, agora que a linha da Póvoa entrou em funcionamento regular, saio prejudicado pois a paragem das camionetas ficava perto de minha casa, algo que não acontece actualmente. Existe mais um ponto em que os alternativos saíam claramente a ganhar em relação às carruagens actuais, eram, sem qualquer dúvida, mais rápidos a chegar aos seu destino. Essa maior demora deve-se ao excesso de estações, uma decisão que não consigo compreender. Sempre que o veículo arranca já está a parar outra vez o que torna a viagem extremamente cansativa. Para além disso, não considero que o veículo actual seja confortável. Já tentei encontrar uma alternativa que me permita evitar esta viagem de cerca de uma hora mas, até ao momento, não foi possível".

Tiago Oliveira 18 anos Estudante
"Venho para a Póvoa todos os dias da semana porque sou aluno da escola secundária Eça de Queirós e por essa razão, a abertura da linha não fez grande diferença. Já utilizava os transportes alternativos tanto para vir para cá como para ir até ao Porto mas ainda só andei no Metro propriamente dito uma vez, desde que a linha vermelha abriu ao público. É bem mais rápido do que a solução anterior mas, para mim, é um pouco pior, pois a paragem de camioneta ficava bem mais perto de minha casa.
Agora tenho que andar um pouco mais até à estação, mas o tempo que demoro é compensado pela viagem mais rápida que a composição faz. O autocarro apanhava sempre algum trânsito, o que atrasava alguns minutos a chegada. As carruagens são muito confortáveis e têm mais espaço do que os transportes alternativos"

Daniel Ramos 19 anos Estudante
"A minha residência é em Vilar e por essa razão escolhi o Metro como meio de transporte para a Póvoa de Varzim, pois é aqui que estudo. Não é difícil apontar grandes diferenças entre os transportes alternativos e as carruagens que agora estão ao serviço do público. Não tenho dúvidas em dizer que é bem melhor, visto que tem mais espaço e existem lugares sentados para toda a gente, enquanto que nas camionetas isso não acontecia e muitas vezes tínhamos, mesmo, que aguardar pela chegada do veículo seguinte para fazer a nossa viagem pois aquele em que queríamos seguir ia completamente cheio.
A frequência é bem maior (o máximo que esperamos é 20 minutos) e temos sempre a informação de quanto tempo falta até à próxima composição atingir a estação. Resumindo, trata-se de uma solução mais prática e, sem dúvida, bem melhor".