terça-feira, março 27, 2007

Metro levou poesia às carruagens e estações do Porto

 
[ 2007/03/21 | 18:32 ] EditorialLusa/RPV
 
O Metro do Porto e o British Council trouxeram esta quinta-feira a poesia às carruagens e estações do metro portuense, no Dia Internacional da Poesia, tomando como modelo os «Poems on the Underground», de Londres.
De acordo com a agência «Lusa», e tendo como tema genérico «The sea» (O mar), o conjunto de poemas seleccionados pelo British Council abrangeu, para além de Sophia Mello Breyner, o português Jorge Sousa, o inglês Lawrence Sail e a galesa Menna Elgyn.

Vários leitores, membros do Sindicato da Poesia, declamaram poemas no interior das composições em serviço em todas as linhas, enquanto Sousa, Sail e Elgyn leram, ao fim da tarde, versos de Sophia Breyner e excertos das suas obras, numa sessão final na Estação da Casa da Música, em versão original e na traduzida.

Durante todo o dia, alunos das universidades do Minho e de Aveiro distribuíram poesia ao longo de toda a rede do metro portuense, nesta edição do projecto «Poems on the Metro - Poemas no Metro», iniciado em 2003 numa parceria com o British Council.

Os poemas escolhidos estão expostos numa colecção de cartazes patente no interior dos veículos do Metro do Porto até ao início de Junho.

terça-feira, março 20, 2007

Metro do Porto pondera parar por falta de apoio do Estado

10-03-2007 10:05:35

 
A operação do metro do Porto nas cinco linhas que estão em funcionamento corre o risco de ser suspensa se não forem resolvidos, «com urgência, os problemas de financiamento do projecto», adianta o Jornal de Notícias indicando que «o alerta é da própria Empresa do Metro».

A Metro do Porto reitera a necessidade de reforço do investimento a fundo perdido e do estabelecimento de um regime para a atribuição de indemnizações compensatórias adequadas ao serviço, por parte do Estado.

Se estas questões continuarem sem resposta da Administração Central, «a empresa arrisca-se a esgotar a capacidade de endividamento, o que obrigaria à suspensão da circulação dos veículos, que servem 160 mil passageiros por dia», escreve o JN.

A proposta apresentada pelo Ministério das Obras Públicas e dos Transportes à Junta Metropolitana do Porto para a concretização da segunda fase da rede não faz referência às duas questões que mais preocupam os responsáveis da empresa e para as quais defendem um tratamento urgente e específico.

«O Metro é, hoje, um projecto insustentável», tinha já alertado, em Dezembro, o presidente da Comissão Executiva da empresa, Oliveira Marques.

O défice «avoluma-se», acrescenta o artigo. No início da construção da rede, o apoio do Estado a fundo perdido rondava os 42% do total do investimento (1,07 milhões de euros). Com o alargamento da primeira fase - destaque para a duplicação da Linha da Póvoa e do primeiro troço da Linha da Trofa, a extensão ao Dragão e a linha do aeroporto - os custos dispararam para os 2,37 mil milhões, fazendo cair o apoio a fundo perdido para cerca de 22%.

Por outro lado, continua sem ser estabelecido um contrato que defina as indemnizações compensatórias a receber pela Metro, referentes ao serviço público prestado. Resultado no primeiro ano de exploração (2003), a empresa não recebeu qualquer verba e, de 2004 a 2006, conforme sustenta o Relatório e Contas deste ano, só teve direito a «valores pouco mais do que simbólicos».

Em 2006, por exemplo, a Metro do Porto recebeu 2,4 milhões, 11% da soma atribuída ao Metro de Lisboa (22,7 milhões).

quarta-feira, março 14, 2007

Metro do Porto fechou exercício com prejuízo de 122 M€

Dinheiro Digital / Diário Digital

Diário Digital / Lusa

07-03-2007 16:56:00


A Metro do Porto encerrou o exercício de 2006 com um resultado líquido negativo de 122,15 milhões de euros, que passará para o ano seguinte na conta de resultados transitados, de acordo com o relatório e contas hoje divulgado.

Este resultado decorre do forte investimento realizado na construção da rede, da ordem dos 301,5 milhões de euros, elevando o total investido no projecto desde o seu arranque a 2.031 milhões de euros.

O resultado verifica-se quando a empresa concluiu a primeira fase da construção da rede, que tem agora 60 quilómetros de extensão e cerca de sete dezenas de estações.

Em 2006, o Metro do Porto transportou cerca de 40 milhões de clientes, o que representa um crescimento da ordem dos 100% relativamente ao ano anterior e corresponde a uma média diária global de 105.856 validações de bilhetes (128.547 em dias úteis).

Em resultado da maior taxa de ocupação média verificada, constata-se uma melhoria significativa da cobertura dos custos das vendas e prestações de serviços, que apresenta agora um rácio de 50%.

A empresa teve no exercício proveitos e ganhos da ordem dos 46,2 milhões de euros, dos quais 26,25 milhões directamente da prestação de serviços de transporte.

Durante o exercício, a empresa inaugurou duas novas linhas e troços, nomeadamente a Linha Vermelha (Pedras Rubras/Póvoa de Varzim), a 18 de Março, e a Linha Violeta (Pedras Rubras/Aeroporto).

Foram também inaugurados os segmentos entre as estações Fórum Maia e ISMAI (Linha Verde) e as estações Pólo Universitário e Hospital de S. João, na Linha Amarela.

Para a conclusão integral e definitiva da construção da rede adjudicada em 1998 fica apenas a faltar (embora já fora da primeira fase de construção) a ligação entre o ISMAI e a Trofa, que aguarda «luz verde» do Governo.


quarta-feira, março 07, 2007

Metro do Porto abre parque de estacionamento na Maia

Diário Digital
Diário Digital / Lusa

28-02-2007 12:27:05




Os habitantes da Maia dispõem, a partir de sábado, as suas deslocações no Grande Porto mais facilitadas a partir de sábado com a entrada em funcionamento de um parque de estacionamento integrado Metro do Porto, anunciou hoje fonte da empresa.

O Parque Central da Maia vai funcionar no sistema «Park & Ride» do Metro do Porto, no âmbito de uma parceria entre a empresa e a Câmara da Maia.

Os clientes portadores de «Assinatura Andante Park & Ride» podem aceder ao estacionamento mensal nesta infra-estrutura pelo valor mensal de 16,25 euros, para além da assinatura mensal de transporte.

O Parque Central da Maia situa-se ao lado da Estação Fórum Maia, da Linha Verde (C), constituindo um interface directo com esta estação.

Para aceder a este serviço, os clientes de assinatura mensal Andante devem proceder ao carregamento do seu cartão para esta modalidade, numa Loja Andante, após o que, apresentando o respectivo recibo, devem levantar no Posto de Controlo do Parque Central da Maia, o cartão de acesso ao parque.

Este é o segundo equipamento de estacionamento a integrar o sistema de «Park & Ride» do Metro do Porto, depois do Parque Metro da Estação Estádio do Dragão, em funcionamento desde Agosto último.

A assinatura mensal de estacionamento «Park & Ride» poderá ser utilizada em qualquer dos dois parques que integram o sistema.



PCP contra «governamentalização» do Metro do Porto

Diário Digital

Diário Digital / Lusa

27-02-2007 15:08:50



A Direcção da Organização Regional do Porto do PCP (DORP/PCP) «está em profundo desacordo» com a «governamentalização da gestão do Metro do Porto», disse hoje à Lusa o dirigente daquela estrutura, Sérgio Teixeira.

«Sempre defendemos que as autarquias, através da Junta Metropolitana do Porto, devem ter voz activa e determinante na gestão do Metro do Porto», afirmou o responsável à Lusa no final de uma reunião com o administrador executivo da empresa, Oliveira Marques.

Sérgio Teixeira frisou que esta questão não fez parte dos assuntos tratados na reunião com Oliveira Marques, já que se trata de uma questão política, que está fora do âmbito técnico daquele cargo.

Sublinhou, no entanto, tratar-se de um assunto que está na ordem do dia, já que a modificação do modelo de gestão da empresa poderá vir a ter implicações na marcha do projecto de expansão da rede.

«Temos que ter sempre presente que este projecto mexe profundamente com os municípios, já que se trata de um metro de superfície, pelo que as câmaras devem ter uma voz determinante na sua implantação no terreno», frisou Sérgio Teixeira.

A rede do Metro do Porto é subterrânea no interior do Porto e à superfície nos concelhos limítrofes - Gaia, Matosinhos, Maia, Vila do Conde e Póvoa de Varzim.

O dirigente comunista referiu que no encontro com Oliveira Marques ficou claro que «está tudo pronto para avançar com a construção da linha de Gondomar e a duplicação da linha da Trofa, assim como a linha da Boavista».

«O início das obras apenas depende da luz verde do Governo», disse, acrescentando que a DORP/PCP está «muito preocupada» com a falta de cumprimento dos compromissos já assumidos.

Para Sérgio Teixeira, «se o Governo não cumpre os seus compromissos, está a pôr em causa a dignidade do Estado».

A Junta Metropolitana do Porto (JMP) considerou sexta-feira que o actual modelo de gestão do Metro do Porto é o melhor, mas admitiu a sua alteração, caso o governo aceite assinar um contrato de investimento para expansão da rede.

«No limite, há um consenso entre os autarcas segundo o qual o modelo de gestão passa a ser discutível. O avanço da obra é que não», disse o presidente da JMP, Rui Rio.

O autarca considerou fundamental a construção célere das linhas de Gondomar e da Boavista, o prolongamento a Laborim (Gaia) e a duplicação da linha da Trofa.

Rui Rio revelou que a JMP vai apresentar ao governo, no espaço máximo de um mês, a sua contraproposta para o modelo de gestão, financiamento e cronograma das futuras obras do metro.

Em concreto, a JMP vai propor a celebração de um contrato de investimento com o Governo que defina, com rigor, todas as obrigações das partes.

A contraproposta dos autarcas surge na sequência de uma reunião, que mantiveram na semana passada com o ministro das Obras Públicas, durante a qual Mário Lino questionou o actual modelo de gestão e apresentou um novo calendário de obras.

Rui Rio confirmou que o Governo quer passar a controlar a empresa, actualmente detida em 60% pela JMP, mas não adiantou o calendário de obras proposto pelo ministro.

Já hoje, o vereador socialista na Câmara do Porto, Francisco Assis, manifestou uma «divergência de fundo» com o Governo do seu partido quanto à eventual retirada do controlo accionista da empresa Metro do Porto à Junta Metropolitana.