sábado, setembro 30, 2006

Metro do Porto custa metade e rende o dobro do de Lisboa

Jornal de Notícias

Margarida Fonseca

metro do Porto, ainda em construção, custou, até 2005, 24,4 milhões de euros por quilómetro. O de Lisboa, que começou a funcionar há 36 anos, não tem números certos, mas sabe-se que ultrapassa os 60 milhões, dado que o investimento elegível para o Fundo de Coesão, nos últimos três projectos, é de 59, 2 milhões. O metro do Porto teve, no ano passado, como receita, por passageiros e por quilómetro, 10,6 cêntimos . O de Lisboa,em 2004, teve metade 5,6 cêntimos, embora com uma taxa de ocupação superior (16,6% contra 13,2%).

Os números foram ontem revelados, no final da reunião da Junta Metropolitana do Porto, e surgem numa altura em que se desconhece, ainda, a data certa das mexidas no modelo de gestão da empresa portuense, prometidas pelo Governo. O que se sabe é que no próximo encontro de autarcas, marcado para 10 de Outubro, o metro voltrá a ser tema de agenda reunir-se-ão técnicos responsáveis por dois estudos e tomar-se-á uma posição. Álvaro Costa, que coordenou o estudo pedido pelo Governo, e Paulo Pinho, que integra a equipa que fez idêntico trabalho para a Junta, serão os especialistas presentes.

"Se tínhamos alguma ideia das disparidades que há entre os dois metros - e não quero dizer que os 14 municípios ficaram escandalizados com os valores - nem todos pensávamos que a diferença fosse tão grande", afirmou Rui Rio, presidente da Junta e da Câmara do Porto, referindo-se a "alguns indicadores fundamentais" conhecidos ontem sobre os metros das duas regiões.

Tais valores, que já em Julho tinham sido reclamados pela Junta, que representa os 14 municípios da Grande Área Metropolitana do Porto e é a maior acionista da Metro do Porto, dizem respeito, porém, a anos diferentes, pois a Metro de Lisboa "ainda não disponibilizou o balanço de 2005". Reportam-se, também, no caso dos fundos comunitários recebidos, ao período entre 1995 e 2005 em Lisboa, foram cerca de 343 milhões de euros, no Porto, mais de 310 milhões.

Disparidade nos apoios

Em termos de extensão, e ainda faltando definir as linhas de Gondomar, da extensão em Gaia e a linha da Boavista, no Porto, dizem os indicadores agora revelados que a Metro do Porto construiu 58,9 quilómetros, tem cinco linhas , 69 estações e entrou em funcionamento em 2002. Lisboa, que já anda de metropolitano desde 1959, tem uma extensão de 35,6 quilómetros, quatro linhas e 44 estações.

No entanto, olhando para o quadro comparativo que a Junta forneceu aos jornalistas, vê-se que as indemizações compensatórias atribuídas à Metro do Porto foram, apenas, de 2,2 milhões de euros, contra os 20,2 milhões à de Lisboa e, no capítulo dos financiamentos do Plano de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC), Lisboa recebeu três vezes mais do que o Porto 28 milhões contra 9,3 milhões.

No que respeita a resultados líquidos, a empresa portuense teve 71,3 milhões de euros negativos (e um passivo bancário de 1.265,5 milhões de euros) e a lisboeta 156,7 (com um passivo de 2.115,2).

"A Junta Metropolitana concluiu que são números para reflectir em termos de equidade do tratamento dado às diversas regiões ", acentuou Rui Rio.

terça-feira, setembro 26, 2006

Bicicletas foram utentes do metro

“Metro sobre duas rodas” com adesão inesperada


O Comércio do Porto
Joana Soares - 25.09.2006

A iniciativa lançada ontem pela Metro do Porto venceu a chuva, chamou muitos participantes a estacionarem as suas bicicletas no interior do metro, e a fazerem a ligação entre cinco estações do metro. Luz verde para as bicicletas validarem o Andante para o metro.


A manhã semeava chuva e o ar era cinzento, mas nem por isso a iniciativa da Metro do Porto, “Metro sobre duas rodas”, teve menos aderência. Antes pelo contrário, ainda os ponteiros não chegavam perto das 10h de ontem, e já cerca de 20 pessoas ladeavam Eduarda, Bruno e Diogo – os responsáveis no posto da estação da Trindade para o fornecimento de material e informação aos cicloturistas. O número ia aumentando à medida que a manhã ia avançando e a chuva ia ganhando força. Do outro lado da cidade, na estação Matosinhos Sul, outras dezenas de cicloturistas aderiam à iniciativa da Metro, que pretende incentivar os portuenses a transportar as suas bicicletas no interior do metro, dentro do regulamento elaborado. Trindade, S. Bento, Museu do Carro Eléctrico, Avenida Brasil, Calçadão Matosinhos. Tudo a postos. Vamos pedalar.“Somos três amigos do grupo BTTX de Matosinhos, que existe há três anos e gostamos muito de bicicletas, participamos em outras iniciativas. A chuva não faz mal, é boa. Não havia necessidade, mas não faz mal”, diz ao JANEIRO Alfredo Moreira, enquanto termina os últimos ajustes ao capacete. De calção justo e camisola apertada, monta a bicicleta-montanha e arranca entre os pingos violentos. Fernando Gomes, mãos à cinta, todo de azul, enaltece a actividade da Metro, “é útil à sociedade estas iniciativas, porque também chama a fazer desporto”. Por entre os cicloturistas, Bruno e Carlos, dois miúdos, parecem dois atletas em miniatura. “Estão preparados?”. “Então não estamos!”. Mas quem ganha visibilidade é a pequena Mafalda, de 11 anos. De entre a multidão distingue-se por ser a única menina, de uma participação marcadamente masculina. “Gosto muito de andar de bicicleta”, atira sem timidez, mesmo estando acompanhada só com os primos, pai e tio. “O pai falou-me, porque já vinha com o irmão, e eu achei giro e quis participar”. “Venha de bicicleta até ao metro!”“Os cicloturistas têm de carimbar em cinco sítios – estações - da cidade do Porto o cartão da iniciativa (um desdobrável com espaço para carimbar as cinco zonas e com as cores de todas as linhas do metro e uma bicicleta desenhada, onde se lê: Metro sobre duas rodas). Têm a obrigatoriedade de carimbar e parar nesses sítios”, explicam Diogo e Bruno, que estiveram ontem no posto da Trindade a dar apoio à actividade. Os dois amigos vestem a t-shirt da Metro, esta mais especial, azul-marinha, com o símbolo da Metro à frente e atrás uma bicicleta desenhada, que diz “eu viajo”. É a t-shirt- prémio da iniciativa, mais um cartão Andante, que todos os participantes levaram para casa. “Está a ter mais afluência do que o esperado, mesmo até com chuva”, confessa Diogo, sentado numa mesa improvisada na estação, decorada com cartões para os cicloturistas e um autocolante com letras impressas: “Venha de bicicleta até ao metro”. Todos os participantes colaram o dorsal ou nas costas, ou no tronco, ou na própria bicicleta.Escadas rolantes dificultamA base do trajecto era a Trindade. Portanto, findo o percurso, os cicloturistas, validaram o Andante com zona Z3 e viajaram na última carruagem do metro, onde é permitido estacionar as bicicletas. E da última carruagem iam saindo de sete em sete minutos – a frequência do metro, bicicletas de vários tamanhos, cores e marcas, com um único ponto em comum, as gotas do temporal. “O percurso foi relativamente calmo”, conta João Lopes, de 24 anos, olhos atentos aos olhos de uma série de jornalistas, “mas o ponto mais fraco é talvez as escadas rolantes, não é prático para a mobilidade das bicicletas, e os elevadores são pequenos”. O João demorou cerca de 1h11m para percorrer as cinco estações propostas. “As pessoas têm olhares curiosos, mas não se queixam”, acrescenta descansadamente. Mobilidade, e o prémio Metro em duas rodas foi uma iniciativa da Metro do Porto no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, que no Porto terminou ontem. Para além disso, e como realça Nuno Ortigão, director de comunicação da Metro, “o Prémio Nacional Mobilidade em Bicicleta ganho esta semana deu impulso à iniciativa”. Todas as pessoas fora das horas de ponta – sensivelmente das 8h às 10h, e das 17h às 20h – podem viajar de metro acompanhadas das suas bicicletas ou veículos de duas rodas, na última carruagem do metro. “É preciso acompanhar as últimas tendências”, reclama.

terça-feira, setembro 19, 2006

Metro do Porto: Linha Amarela faz um ano

O Primeiro de Janeiro



Mais de 10 milhões de clientes utilizaram a Linha Amarela (D) do Metro do Porto no seu primeiro ano de funcionamento, que se cumpriu domingo, anunciou ontemfonte da empresa.
Um ano após a inauguração, a "linha das linhas", que circula entre o Hospital de S. João e a estação Câmara Gaia, passando pela baixa do Porto, é já responsável por quase um terço das validações totais na rede do Metro. Nos primeiros 365 dias, foram 10.672.501 as validações registadas no conjunto das 14 estações que compõem a Linha Amarela, o que corresponde a uma média de 30 mil clientes por dia. No mesmo período, as 68 estações que compõem as cinco linhas da rede do Metro do Porto registaram um valor global de 34,4 milhões de validações.
Em termos de escalonamento da procura na Linha Amarela, a Estação da Trindade (onde aquela faz interface com a linhas Azul, Vermelha, Verde e Violeta) lidera claramente, com 3,145 milhões de validações nos últimos doze meses. Seguem-se as estações S. Bento (1,169 milhões de validações), João de Deus (1,113 milhões), Câmara Gaia (912 mil), Marquês (762 mil), e Aliados (723 mil). O mês completo de maior procura foi Maio de 2006 (mais de 712 mil validações) e o menos movimentado foi Outubro de 2005 (cerca de 412 mil validações).

sexta-feira, setembro 15, 2006

Obras condicionam circulação do Metro do Porto entre a Trindade e a Senhora da Hora

Público

14.09.2006 - 19h12   Lusa

As obras de conclusão do sistema de sinalização do Metro do Porto vão provocar condicionamentos entre as estações da Trindade e da Senhora da Hora, anunciou hoje fonte da empresa.

Os condicionamentos verificar-se-ão entre os dias 17 de Setembro e 15 de Outubro, afectando o serviço habitual das Linhas Azul, Vermelha, Verde e Violeta.

As intervenções agendadas obrigam à circulação pontual em via única, no segmento Senhora da Hora - Casa da Música, o que leva a uma redução de frequências de passagem e à interrupção circunstancial da operação comercial regular entre a Senhora da Hora e a Trindade.

No troço Senhora da Hora/Trindade não haverá circulação a partir de domingo até dia 22, entre as 22h00 e as 01h30 horas, enquanto o segmento Casa da Música/Estádio do Dragão não terá serviço nos dias 1 e 2 de Outubro, durante todo o dia.

De 8 a 13 de Outubro, o mesmo acontece entre as 22h00 e as 01h30 horas no troço Senhora da Hora/Trindade, voltando a não haver circulação no dia 15, entre as 06h00 e as 18h00 horas.

Nos restantes troços destas linhas, mantém-se o serviço normal, com eventual ligeira redução de frequências entre a Estação Casa da Música e a Estação Estádio do Dragão.

As obras que obrigam apenas à circulação em via única afectarão o troço Senhora da Hora/Casa da Música entre os dias 24 e 27 entre as 22h00 e as 01h30 e de 1 a 6 de Outubro, no mesmo horário.

Os mesmos condicionalismos acontecerão entre os dias 27 e 28, das 22h00 às 01h30, no troço Senhora da Hora/Francos.

Esta é a última intervenção programada na rede do Metro do Porto, ficando o sistema de sinalização totalmente concluído.

Para minorar os problemas decorrentes desta intervenção, o Metro do Porto disponibiliza um serviço de transportes alternativos em autocarro com paragem em todas estações afectadas pelos condicionamentos.

A utilização deste serviço é aberta a todos os clientes portadores de títulos Andante válidos.



Obras condicionam circulação do Metro do Porto entre a Trindade e a Senhora da Hora

Público

14.09.2006 - 19h12   Lusa

As obras de conclusão do sistema de sinalização do Metro do Porto vão provocar condicionamentos entre as estações da Trindade e da Senhora da Hora, anunciou hoje fonte da empresa.

Os condicionamentos verificar-se-ão entre os dias 17 de Setembro e 15 de Outubro, afectando o serviço habitual das Linhas Azul, Vermelha, Verde e Violeta.

As intervenções agendadas obrigam à circulação pontual em via única, no segmento Senhora da Hora - Casa da Música, o que leva a uma redução de frequências de passagem e à interrupção circunstancial da operação comercial regular entre a Senhora da Hora e a Trindade.

No troço Senhora da Hora/Trindade não haverá circulação a partir de domingo até dia 22, entre as 22h00 e as 01h30 horas, enquanto o segmento Casa da Música/Estádio do Dragão não terá serviço nos dias 1 e 2 de Outubro, durante todo o dia.

De 8 a 13 de Outubro, o mesmo acontece entre as 22h00 e as 01h30 horas no troço Senhora da Hora/Trindade, voltando a não haver circulação no dia 15, entre as 06h00 e as 18h00 horas.

Nos restantes troços destas linhas, mantém-se o serviço normal, com eventual ligeira redução de frequências entre a Estação Casa da Música e a Estação Estádio do Dragão.

As obras que obrigam apenas à circulação em via única afectarão o troço Senhora da Hora/Casa da Música entre os dias 24 e 27 entre as 22h00 e as 01h30 e de 1 a 6 de Outubro, no mesmo horário.

Os mesmos condicionalismos acontecerão entre os dias 27 e 28, das 22h00 às 01h30, no troço Senhora da Hora/Francos.

Esta é a última intervenção programada na rede do Metro do Porto, ficando o sistema de sinalização totalmente concluído.

Para minorar os problemas decorrentes desta intervenção, o Metro do Porto disponibiliza um serviço de transportes alternativos em autocarro com paragem em todas estações afectadas pelos condicionamentos.

A utilização deste serviço é aberta a todos os clientes portadores de títulos Andante válidos.



quinta-feira, setembro 14, 2006

Nova equipa da Metro lança em breve linha de Gondomar

Jornal de Notícias

Carla Soares


O Governo está decidido a mudar, até ao final deste mês, a estrutura accionista da empresa Metro do Porto e respectiva administração, elegendo como primeira medida imediata o lançamento da linha de Gondomar até Rio Tinro e, logo depois, a ligação de Gaia até Laborim. O compromisso de avançar já com as alterações, apurou o JN, foi assumido por membros do Executivo, no fim-de-semana.

Ontem, a actual equipa da Metro reuniu-se mas os trabalhos foram pouco além de um balanço económico-financeiro. Alguns membros da administração, disse fonte da estrutura ao JN, manifestaram a sua "grande expectativa face às promessas do Governo" de que, no mês de Setembro, tomaria uma decisão definitiva sobre as linhas em falta, nomeadamente Boavista e Gondomar, bem como sobre o novo modelo de gestão. Ou seja, a Metro está agora à espera do Governo.

Recorde-se que a intenção do Executivo é alterar a composição da empresa e modelo de financiamento, de forma a ficar com a maioria do capital. O argumento, já defendido por socialistas do distrito, é o de que quem paga deve ter o controlo da empresa. As restantes alterações dependem desta primeira. É também até final do mês que o Executivo quer anunciar uma nova administração para ser esta a lançar as novas linhas.

Conforme foi dito ao JN por fontes conhecedoras do projecto, "o objectivo é, até final de Setembro, alterar a estrutura accionista da empresa e anunciar nova administração". E, "mal tome posse a administração", o primeiro passo será avançar com a linha de Gondomar até Rio Tinto. Uma linha que passa junto àiIgreja de Rio Tinto após o centro comercial Parque Nascente e vai depois da zona da estação até à urbanização Cidade Jovem sem passar pelo leito do rio. Assim, entre final de Setembro e princípio de Outubro, os gondomarenses deverão ter boas notícias, havendo o objectivo de anunciar, logo a seguir , a ligação a Laborim.

Os prazos foram indicados na passada semana por membros do Executivo a políticos da região, dependendo agora da aplicação prática do novo modelo de gestão e financiamento. Contudo, confrontado pelo JN, Renato Sampaio, líder do PS/Porto, garantiu "não saber de nada".


Narciso em silêncio

Narciso Miranda foi, recorde-se, o nome apontado pelo Governo para uma nova administração da Metro, em que teria maioria do capital. Falou-se de um modelo semelhante ao das empresas das Águas de Portugal e, dentro deste, do nome de Narciso para um lugar de chefia. Admitindo-se uma administração onde convivam os dois patamares actualmente existentes, a administração poderia ser liderada por um técnico e ter como vice-presidente Narciso Miranda. O ex-autarca de Matosinhos tem se mantido em silêncio no que respeita ao seu futuro profissional. Ausente da reunião de ontem da Metro, tal como o socialista Mário de Almeida, Narciso nada tem dito sobre uma nomeação para a empresa que gere os destinos do metropolitano. Mas, numa entrevista ao JN aquando das eleições para o PS/Porto, justificou a não participação no acto com a perspectiva de ocupar um cargo de "grande visibilidade pública".