terça-feira, abril 03, 2007

Metro do Porto: Impossível obras 2ª fase antes de meados 2008

Diário Digital

Diário Digital / Lusa

28-03-2007 18:52:00




A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, afirmou hoje, no Porto, que não será possível iniciar as obras de construção da segunda fase do Metro do Porto antes de meados 2008.

«Para iniciar obras temos que ter cadernos de encargos, projectos de execução, estudos de impacto ambiental, concursos lançados e obras adjudicadas e tudo isso, independentemente do modelo de gestão que for concretizado, levará o seu tempo», disse.

A secretária de Estado falava aos jornalistas à margem da cerimónia de apresentação dos novos autocarros a gás natural da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP).

Ana Paula Vitorino sublinhou que há que contar com os prazos mínimos dos concursos públicos internacionais, o que, mesmo que não se venha a verificar qualquer problema ou atraso, torna «impossível» iniciar qualquer obra antes de pelo menos seis meses depois da decisão política, que ainda não aconteceu.

Relativamente ao modelo de gestão do Metro do Porto, a secretária de Estado mostrou-se optimista quanto a uma solução breve.

«Iniciámos este processo com grandes diferenças que separavam o Governo dos actuais accionistas do Metro do Porto [as autarquias da Área Metropolitana do Porto], mas, neste momento, caminhamos rapidamente para um consenso quanto a todas as matérias«, disse.

A secretária de Estado afirmou que, «muito em breve, haverá uma resposta quanto às propostas apresentada pelos accionistas do Metro do Porto», acrescentando que tal acontecerá nos próximos dias.

No que respeita às autoridades metropolitanas de transportes (AMT) do Porto e de Lisboa, Ana Paula Vitorino referiu que já recebeu os pareceres das respectivas juntas metropolitanas.

«Está neste momento em curso a finalização do modelo das AMT, incorporando as sugestões das duas juntas metropolitanas, pelo que, dentro de pouco tempo e respeitando o calendário previsto, o processo avançará ainda dentro deste semestre», afirmou.

Relativamente à STCP, a secretária de Estado manifestou «todo o apoio» à respectiva Administração, chefiada por Fernanda Menezes, na implementação em curso da Nova Rede da transportadora pública urbana portuense, redesenhada para complementar os restantes operadores de transportes do Grande Porto.

«Cada vez que há mudanças, há naturalmente descontentes e, por isso, peço à Administração da STCP que proceda, como tem feito, aos acertos considerados justos face às reivindicações aos utentes e que façam sentido no que se refere à lógica de financiamento do sistema», afirmou Ana Paula Vitorino.

A STCP apresentou hoje a sua nova frota de autocarros movidos a gás natural, que conta com 80 novos veículos, sendo 30 articulados e 50 normais, todos equipados com piso rebaixado para acesso fácil, de forma a garantir a mobilidade para todos os cidadãos.

A aquisição foi efectuada através de um contrato de leasing por 13 anos (período de vida útil de um veículo deste tipo) com uma renda de 3,5 milhões de euros/ano, incluindo manutenção.

Com a incorporação destas 80 viaturas, a STCP passa a dispor de uma frota de 493 autocarros, com uma idade média de 6,8 anos, dos quais 255 são a gás natural, representando cerca de 52% do total da frota da empresa.

A STCP, que já era líder nacional em termos de operação de veículos a gás natural, acentua, com esta aquisição, a sua posição de liderança nesta área.

Com esta renovação de frota, a empresa vai também atenuar sensivelmente o peso das suas emissões de CO2, baixando para cerca de 50% num período de oito anos, além de descer também os seus custos operacionais em cerca de 30%.


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