quarta-feira, abril 11, 2007

Expansão da rede do Metro do Porto avança antes de 2009

Diário dos Açores

05/04/2007 09:04:9


O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações garantiu ontem, em comunicado, que quer iniciar a expansão da rede de metro do Porto antes de 2009 e "tão breve quanto possível".
O gabinete de Mário Lino desmente, desta forma, notícias hoje divulgadas que atribuíam ao Governo a intenção de não iniciar as obras antes de 2009.
Essa informação é "falsa", assegura o comunicado ministerial.
"A posição do Governo assenta no pressuposto de que a construção de novas linhas se deve iniciar tão breve quanto possível, com base num contrato de concessão para a construção, exploração e manutenção dessas linhas", a que se juntará, a partir de Abril de 2009, a exploração e manutenção das linhas actualmente existentes", precisa o comunicado.
Adianta que o modelo proposto pelo ministério à Junta Metropolitana do Porto "é perfeitamente compatível com o início das obras da segunda fase de expansão antes de 2009".
O comunicado foi emitido na sequência de reacções de dirigentes partidários do Porto, nomeadamente do líder do PSD/Porto, Agostinho Branquinho que acusou o ministro de "incompetência e má fé" na gestão do dossier Metro do Porto, reivindicando, por isso, a sua demissão.
Em declarações à Lusa, Branquinho considerou que Mário Lino, "deixou de ter condições políticas para o exercício das suas funções porque é incompetente e revela má fé na condução de um dossier que é determinante para a Área Metropolitana do Porto".
O líder do PSD/Porto comentava a resposta do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações à proposta da Junta Metropolitana do Porto relativamente ao calendário da expansão da rede de metro.
A JMP pretendia que a expansão da rede se fizesse de forma faseada, com início em Dezembro deste ano pela linha de Gondomar, mas segundo notícias publicadas em vários jornais, o Governo só quer novas obras no segundo semestre de 2009, defendendo a realização de mais estudos técnicos das linhas a avançar.
Contactado pela Lusa, o presidente da Distrital do PS/Porto, Renato Sampaio, considerou "ridículo" o pedido de demissão do ministro, formulado pelo seu homólogo social-democrata, e não quis adiantar mais comentários.
Renato Sampaio concordou com a decisão ministerial, considerando "irrealista" o calendário de obras proposto pela Junta Metropolitana do Porto que previa a execução faseada das novas linhas, a partir de Dezembro deste ano.
"Defendo o rigor e a transparência no processo e, nessa conformidade, não é possível avançar já. Não é possível elaborar projectos, estudos de impacte ambiental, concurso público internacional e lançamento da obra" nos prazos propostos pela JMP, afirmou.

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