2006/03/31 | 14:11
A Comissão Ad Hoc para o enterramento da linha do metro frente ao Hospital de S.João responsabilizou hoje os responsáveis pela empresa Metro do Porto e o Governo pelos eventuais acidentes que ocorram naquela zona.
«Estamos perante uma passagem de nível de 800 metros sem guarda. Esperamos que em caso de acidente haja o bom-senso de responsabilizar criminalmente os responsáveis», disse o presidente da comissão, citado pela agência Lusa.
Em declarações à Lusa, no final de uma viagem guiada pelos acessos à zona da Asprela com o objectivo de avaliar o impacto da chegada regular do metro ao hospital de S.João, Castro Henriques alertou para a «forte probabilidade de ocorrência de acidentes muito graves».
O Metro do Porto chegou hoje ao Hospital de S.João (término da Linha Amarela) e ao Instituto Superior da Maia (Ismai), término da Linha Verde, com a entrada em funcionamento de dois novos troços.
«Se já antes, a situação era muito complicada, em termos de circulação rodoviária e de peões, a passagem do metro vai inevitavelmente fazer aumentar o risco de acidentes viários», disse o responsável, apontando como uma das zonas mais complicadas, a das traseiras do hospital, no cruzamento com a Rua Roberto Frias.
Apontou ainda a dificuldade de acesso das ambulâncias ao serviço de urgência, devido às «lombas e buracos» que permanecem na ligação à unidade hospitalar.
«O metro devia facilitar o trânsito, mas o que hoje confirmamos foi que a circulação piorou muito», frisou, manifestando a intenção da comissão «continuar a defender o enterramento da linha em frente ao hospital de S.João».
Castro Henriques acredita que «quando começarem a registar-se acidentes muito graves, alguém com bom senso irá dar-nos ouvidos».
Para a Comissão, «não se compreende como é que uma linha [Linha Amarela] do Metro do Porto cujo traçado é todo ele enterrado, venha à superfície na zona mais povoada».
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