Correio da Manhã
Joaquim Gomes, Porto
O DIAP do Ministério Público do Porto arquivou o caso das suspeitas sobre a Metro do Porto, nascidas no processo 'Apito Dourado'. Em causa estava uma das certidões remetidas no final de Janeiro pelo procurador Carlos Teixeira, do Ministério Público de Gondomar, ao DIAP do Porto, que teria de decidir se acusava ou não, dado que os factos se tinham passado em comarca diferente.
Este processo referia-se a um alegado favorecimento a empreiteiros para as obras envolventes da Casa da Música, no Porto. Joaquim Camilo Nunes da Silva, dono da J. Camilo, empresa de construção civil sem alvará de obras públicas, teria apresentado em 2004 a Valentim Loureiro, presidente da Metro, outro empreiteiro, Alberto Couto Alves, dono da empresa de obras públicas de Famalicão responsável por parte daquela obra.
Nas escutas levadas a cabo pela PJ, Valentim Loureiro refere um cheque que os investigadores interpretaram como sendo de Joaquim Camilo para o Major, de forma a conseguir obras para Couto Alves, de quem era amigo. Para a defesa, o cheque era do próprio Major e destinava-se a garantir um empréstimo daquele empreiteiro ao Boavista, clube ao qual Valentim está muito ligado. O cheque pertencia de facto ao ex-líder do Boavista e servia como garantia do empréstimo.
Na sequência deste processo Valentim esteve suspenso durante um ano da presidência da Metro por decisão da juíza Ana Cláudia Nogueira.
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