quinta-feira, abril 27, 2006

Arquivado caso Metro

Correio da Manhã

Joaquim Gomes, Porto


O DIAP do Ministério Público do Porto arquivou o caso das suspeitas sobre a Metro do Porto, nascidas no processo 'Apito Dourado'. Em causa estava uma das certidões remetidas no final de Janeiro pelo procurador Carlos Teixeira, do Ministério Público de Gondomar, ao DIAP do Porto, que teria de decidir se acusava ou não, dado que os factos se tinham passado em comarca diferente.


Este processo referia-se a um alegado favorecimento a empreiteiros para as obras envolventes da Casa da Música, no Porto. Joaquim Camilo Nunes da Silva, dono da J. Camilo, empresa de construção civil sem alvará de obras públicas, teria apresentado em 2004 a Valentim Loureiro, presidente da Metro, outro empreiteiro, Alberto Couto Alves, dono da empresa de obras públicas de Famalicão responsável por parte daquela obra.

Nas escutas levadas a cabo pela PJ, Valentim Loureiro refere um cheque que os investigadores interpretaram como sendo de Joaquim Camilo para o Major, de forma a conseguir obras para Couto Alves, de quem era amigo. Para a defesa, o cheque era do próprio Major e destinava-se a garantir um empréstimo daquele empreiteiro ao Boavista, clube ao qual Valentim está muito ligado. O cheque pertencia de facto ao ex-líder do Boavista e servia como garantia do empréstimo.

Na sequência deste processo Valentim esteve suspenso durante um ano da presidência da Metro por decisão da juíza Ana Cláudia Nogueira.

Prejuízo continua a subir no elevador dos Guindais

Jornal de Notícias

Hugo Silva, Fernando Timóteo





Funicular dos Guindais, que liga as zonas da Ribeira e da Batalha, no Porto, soma prejuízos. Durante o ano passado, a situação do equipamento, da responsabilidade da Empresa do Metro, agravou-se a receita por cada lugar/quilómetro oferecido foi de 27,81 cêntimos, mas a despesa foi de 71,78 cêntimos (mais 44% do que em 2004); a receita por cada passageiro quilómetro foi de 2,20 cêntimos, mas a despesa foi de 5,22 cêntimos (mais 35% do que em 2004).

E só os turistas - os picos de validações registam-se nos meses de Verão e aos fins-de-semana e feriados - servem para equilibrar, um pouco, as contas.

Na maior parte das viagens - e durante 2005 foram efectuadas 35425 - os veículos seguem com pouco gente. Ou mesmo vazios.

Ainda assim, o elevador continua a ser um meio de transporte privilegiado para quem mora ou trabalha nas imediações. "Uso-o todos os dias. Como moro em Faria Guimarães, venho de metro e, depois, apanho o elevador para a Ribeira, onde trabalho como cozinheira", explicou Fátima Gomes, lamentando, apenas, que o serviço não funcione até mais tarde. "Quando saímos mais tarde, à noite, temos de ir a pé... Ainda é um pedaço", desabafou.

"Quando não havia elevador, tinha que usar as escadas dos Guindais", recordou, por sua vez, Margarida Barros. Entrou no funicular na Batalha e foi a única passageira a efectuar a viagem descendente. Foi ao banco e, como demorou menos de uma hora, ainda pôde utilizar o mesmo andante que usou na viagem de ida. "Para fazer estas coisas rápidas vale a pena. Caso contrário, é um bocado caro", sustentou a moradora dos Guindais, admitindo que são principalmente os turistas a usar o funicular. Mas não só. "Faz muito jeito para vir ao centro de saúde, sobretudo para os idosos ou para quem, como eu, tem crianças pequenas", acrescentou Margarida Barros, de 23 anos, e com três filhos um com cinco anos, outro com dois e o terceiro com um.

"Moro na Ribeira, mas é raro usar o elevador, porque o meu emprego fica a 15 ou 20 minutos a pé. Só utilizo quando está a chover", referiu Lúcia Arruda, açoreana, mas a viver há alguns meses no Porto, depois de seis anos a trabalhar em Lisboa.

quarta-feira, abril 19, 2006

Obra do Metro "estacionada" no ISMAI

Maia Hoje




Opiniões dividem-se. Para alguns clientes, a nova extensão da Linha Verde deveria ter esperado pela conclusão dos parques de estacionamento na estação do instituto superior, para outros é muito bem vinda a chegada do transporte, mesmo com "os buracos".

José Matos

Não houve qualquer cerimónia oficial de inauguração na chegada das composições do Metro à Estação do Ismai, no último dia do mês de Março.
O momento ficou, apenas, marcado por uma viagem surpresa - que acabou por não ser tão surpresa assim - de alguns autarcas e directores da empresa Metro. O edil maiato, Bragança Fernandes, acompanhado por vários autarcas locais, assim como Valentim Loureiro, presidente do Conselho de Administração da Empresa Metro, e Oliveira Marques, presidente da Comissão Executiva do Metro do Porto, saíram na Estação do Ismai, tendo oportunidade de cumprimentar os presentes.
Valentim Loureiro recusou fazer qualquer comentário aos jornalistas presentes. Já Bragança Fernandes congratulou-se com o novo avanço do metro, desvalorizando as obras que ainda decorrem no terreno; «Hoje é um dia muito feliz para mim, para os castelenses e para os maiatos em geral. São mais quatros quilómetros e meio de linha construída, que passa sob o viaduto IC 24 em 700 metros, com zona pedonal. Vai favorecer a mobilidade na Maia, as estradas vão ficar mais desanuviadas. Nos próximos seis meses as obras que faltam na Estação do Ismai vão ficar solucionadas, ou seja os quatro parques de estacionamento».
O edil maiato, após a primeira viagem no novo troço, destacou também os ganhos que o Ismai vai passar a ter; «O nome desta estação vai dar notoriedade ao Instituto Superior da Maia em toda a Área Metropolitana do Porto. Por outro lado, os alunos da faculdade - cerca de três mil - passam a contar com melhores condições para se deslocarem».
Bragança Fernandes notou, ainda, que o mais importante agora é trabalhar para que o metro avance em direcção à Trofa.
Oliveira Marques, relativamente às obras no terreno, notou que o interessa é levar o metro às localidades carentes; «Obras por concluir existirão sempre, visto que damos prioridade ao transporte de passageiros. O resto faz-se com calma».
No que concerne a este tema, o MaiaHoje teve oportunidade de falar com alguns clientes do novo troço e as opiniões divergiram. Gonçalo Monteiro comentou que o metro «já devia ter chegado há mais tempo». João Nogueira garante não estar contra o metro, «mas contra uma inauguração apressada. Em dias de chuva ninguém se consegue aproximar da estação do Ismai». Faustino Pinto refere que «neste momento a Vila está emparedada pois cortaram algumas passagens viárias». Já Carlos Rocha discorda em parte destas opiniões; «Para mim é muito bom termos o metro a chegar ao Castêlo. É um avanço, pois não contávamos com outros transportes».
A extensão da Linha Verde (C) liga o Fórum da Maia ao ISMAI em aproximadamente 8 minutos. Desde o Estádio do Dragão são cerca de 43 minutos. Com o novo troço (4,45 quilómetros) inauguram-se quatro novas estações: Zona Industrial, Mandim, Castêlo da Maia e Ismai.
Assinale-se que durante os meses de Abril e Maio o novo troço não funcionará de forma regular. Isto porque estarão no terreno (diariamente das 20h00 à 1h30) trabalhos de sinalização.
A 31 de Março também se inaugurou a ligação do Pólo Universitário/IPO/Hospital de S. João da Linha Amarela.
A terminar refira-se, em jeito de curiosidade, que o mês de Março marcou um recorde em relação ao número de clientes da Metro, ultrapassando a fasquia dos três milhões (crescimento de 20 por cento face a Fevereiro).

sexta-feira, abril 14, 2006

Abaixo-assinado na Póvoa

O Primeiro de Janeiro


Metro até mais tarde


Um grupo de utentes da Linha da Póvoa está a preparar um abaixo-assinado no sentido de pedir a alteração do horário do último transporte que parte da estação final. Numa informação publicada pelo blogue da Comissão de Utentes da Linha da Póvoa (CULP) destaca-se
que esse grupo "usualmente toma o último transporte da Póvoa para o Porto" e pretende uma mudança do horário do mesmo. Segundo o texto do abaixo-assinado, "o último parte da Póvoa de Varzim às 00h15, o que dificulta a vida a todos e todas que, trabalhando por turnos, saem à meia noite dos seus trabalhos". Explica o grupo que "como a paragem da Póvoa fica a sul do concelho, é impossível para muitos chegarem a tempo de apanhar este transporte, aliás o único a estas horas". O grupo explica que como o Metro "é um serviço público e recebe comparticipação do Estado tem obrigação de fazer um serviço social" nomeadamente ir de encontro às necessidades dos cidadãos que o utilizam.
O que os firmantes pretendem é um atraso da partida do último percurso para as 00h45, como se explica no documento que foi entregue à Metro do Porto, sobretudo porque os viajantes a essa hora trabalham em turnos que terminam à meia-noite.
Associando-se aos subscritores daquele abaixo-assinado, a CULP escreve no seu blogue (em http://utentes-linhadapovoa.blogspot.com) que esse horário é também "limitativo" para a diversão e lazer nocturno da Póvoa, em especial no Verão, seja para clientes, seja para o recrutamento de mão-de-obra.


terça-feira, abril 11, 2006

Metro do Porto: Gaia sem circulação para instalar cobertura de estação

Diário Digital

Diário Digital / Lusa

11-04-2006 18:54:36



O troço final da Linha Amarela do Metro do Porto em Gaia vai estar cortado à circulação entre as 22:00 de hoje e a manhã de quarta-feira para a colocação da cobertura da Estação João de Deus, anunciou a empresa.

Aquela estação, que corresponde ao término sul da Linha Amarela, é a única de superfície de todo o Metro do Porto que dispõe apenas de cais central, o que impossibilita a instalação dos abrigos convencionais.

Daí que a empresa tenha optado pela colocação de uma estrutura de coberturas diferente, de instalação mais complexa, o que irá obrigar à interrupção, por várias horas, da circulação de carruagens.

Assim, a partir das 22:00 horas, as carruagens terminarão o seu circuito na estação anterior, a de General Torres, podendo o restante percurso, até à Estação de João de Deus, ser efectuado com recurso a autocarros destacados para o efeito.

Este serviço alternativo, disponível para todos os utentes com título de transporte validado, funcionará até às 01:30 horas da madrugada de quarta-feira, hora em que normalmente termina o serviço do Metro do Porto.

A instalação da cobertura obrigará ainda ao corte da circulação automóvel na Avenida da República, nas imediações da Estação João de Deus, entre as 22:00 horas de hoje e as 05:00 horas de quarta- feira.

Esta operação permitirá a instalação da primeira secção da pala que funcionará como cobertura, prevendo-se que os trabalhos continuem nas noites de 21 e 22 de Abril, assim como 5 e 11 de Maio, datas em que novamente haverá limitações na circulação do metro.


segunda-feira, abril 10, 2006

Metro do Porto com «forte probabilidade» de acidentes

Portugal Diário

2006/03/31 | 14:11



A Comissão Ad Hoc para o enterramento da linha do metro frente ao Hospital de S.João responsabilizou hoje os responsáveis pela empresa Metro do Porto e o Governo pelos eventuais acidentes que ocorram naquela zona.

«Estamos perante uma passagem de nível de 800 metros sem guarda. Esperamos que em caso de acidente haja o bom-senso de responsabilizar criminalmente os responsáveis», disse o presidente da comissão, citado pela agência Lusa.

Em declarações à Lusa, no final de uma viagem guiada pelos acessos à zona da Asprela com o objectivo de avaliar o impacto da chegada regular do metro ao hospital de S.João, Castro Henriques alertou para a «forte probabilidade de ocorrência de acidentes muito graves».

O Metro do Porto chegou hoje ao Hospital de S.João (término da Linha Amarela) e ao Instituto Superior da Maia (Ismai), término da Linha Verde, com a entrada em funcionamento de dois novos troços.

«Se já antes, a situação era muito complicada, em termos de circulação rodoviária e de peões, a passagem do metro vai inevitavelmente fazer aumentar o risco de acidentes viários», disse o responsável, apontando como uma das zonas mais complicadas, a das traseiras do hospital, no cruzamento com a Rua Roberto Frias.

Apontou ainda a dificuldade de acesso das ambulâncias ao serviço de urgência, devido às «lombas e buracos» que permanecem na ligação à unidade hospitalar.

«O metro devia facilitar o trânsito, mas o que hoje confirmamos foi que a circulação piorou muito», frisou, manifestando a intenção da comissão «continuar a defender o enterramento da linha em frente ao hospital de S.João».

Castro Henriques acredita que «quando começarem a registar-se acidentes muito graves, alguém com bom senso irá dar-nos ouvidos».

Para a Comissão, «não se compreende como é que uma linha [Linha Amarela] do Metro do Porto cujo traçado é todo ele enterrado, venha à superfície na zona mais povoada».



terça-feira, abril 04, 2006

Metro do Porto ultrapassa os 3 milhões de passageiros/mês

Agencia Financeira


[ 2006/04/03 | 20:35 ] EditorialLusa/SAS


O Metro do Porto ultrapassou em Março a fasquia dos três milhões de clientes/mês, estabelecendo um novo recorde mensal, anunciou hoje no Porto fonte da empresa.
Nos 31 dias de Março, as validações efectuadas na rede foram 3.067.311, o que representa um crescimento de 20% face a Fevereiro, de acordo com informações de fonte de empresa, no Porto, à agência «Lusa».

O anterior recorde mensal tinha sido batido em Janeiro, quando foram registadas 2.707.783 validações.

O valor atingido em Março quase duplica o verificado no mês anterior, o que se deve ao facto de integrar já os novos clientes servidos pela Linha Amarela e as estações do segmento Pedras Rubras, Póvoa de Varzim da Linha Vermelha, inaugurado há pouco mais de duas semanas.

A fonte referiu que os efeitos da abertura dos troços Fórum Maia, ISMAI da Linha Verde e Pólo Universitário, Hospital de São João da Linha Amarela não são ainda visíveis, dado que estes entraram em operação apenas sexta-feira, último dia de Março.

A data de maior procura em Março foi o dia 22, data em que se realizou um FC Porto/Sporting no Estádio do Dragão, com 141.096 validações.

Em termos médios, registaram-se 117.210 validações nos dias úteis e 46.434 validações aos sábados e domingos.

Já no que toca à distribuição dos clientes pelas quatro linhas em operação, mais de metade da procura centra-se no tronco comum Estádio do Dragão, Senhora da Hora (Azul, Vermelha e Verde), com 50,2% das validações do mês.

Segue-se da Linha Amarela (30,8%), da Linha Azul (8,8%), da Linha Vermelha (4,9%) e da Linha Verde (4,3%).

A velocidade comercial média da rede do Metro do Porto situa- se nos 25,1 km/hora e a taxa de disponibilidade da oferta está nos 99,7%.