Jornal de Notícias
denúncia Centenas de agentes à espera, desde Outubro, de receber pelos serviços prestados à empresa Metro assegura ter contas em dia e o Comando Metropolitano que não há atrasos
Centenas de agentes da PSP do Porto estão há meses sem receber o dinheiro dos serviços realizados para a Metro do Porto, denuncia a Associação Sindical Independente de Agentes (ASG). No entanto, não é claro a quem cabe a responsabilidade pelo problema, uma vez que a Metro garante estar a pagar os valores ao Comando Metropolitano, enquanto este assegura que não há atrasos no pagamento dos gratificados.
Uma situação que tem levantado alguns problemas aos agentes. "Alguns assumiram o compromisso de fazer gratificados, mas contraíram, em simultâneo, obrigações financeiras". Mas desde Outubro do ano passado que nada recebem, segundo Rodrigues Peixoto, presidente da ASG.
O dirigente sindical calcula que o conjunto de gratificados à Metro do Porto ronde os 250 mil euros por mês e diz que há muitos agentes à espera de receber mais de mil euros. "São valores muito importantes, face ao nossos salários".
No sentido de solucionar o problema, a ASG já enviou comunicações à Direcção Nacional da PSP e ao próprio ministério da Administração Interna. Mas ainda não recebeu qualquer resposta. "É uma situação lamentável", sustenta Rodrigues Peixoto.
Também a Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP) está preocupada com a situação. "Tivemos duas reuniões, em Janeiro, com responsáveis do Ministério e da Direcção Nacional e em ambas foi-nos prometido que iam ser endereçados esforços para resolver o problema", aponta Paulo Rodrigues, presidente da ASPP. Nas reuniões, a ASPP recebeu indicações de que a situação seria regularizada em Março, "mas continuamos sem qualquer certeza".
O Ministério aproveitou ainda para adiantar à ASPP que se pretende responsabilizar directamente a Direcção Nacional da PSP pelos atrasos nos pagamentos dos gratificados, uma vez que os acordos com as entidades a quem são prestados os serviços passam sempre pelos comandos policiais. Da mesma forma, há a intenção de renegociar com a Misericórdia de Lisboa a fórmula de financiamento dos gratificados nos recintos desportivos, que deixará de ser coberto apenas pelas verbas do Totobola estendendo-se também aos outros jogos para evitar as situações de atraso.
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