Diário Económico
2006-03-23 20:30
DE com Lusa
A Metro do Porto teve em 2005 um resultado negativo de 71,33 milhões de euros, atribuível ao elevado investimento realizado na construção da rede, revela o relatório de contas da empresa, hoje publicado.
Do relatório destaca-se o reforço da componente operacional da actividade da empresa, devido ao crescimento da rede em operação comercial.
O elevado investimento da construção da rede é, por sua vez, responsável pelo crescimento do activo imobilizado, que relativamente a Dezembro de 2004 apresenta um acréscimo de 29,9%.
O capital próprio cresceu 21,3% em resultado das comparticipações recebidas do Estado e dos fundos comunitários.
Quanto à conta de exploração do Sistema de Metro Ligeiro, evidencia uma margem bruta negativa de 11,5 milhões de euros e uma margem líquida deficitária de 41,1 milhões de euros, o que representa, respectivamente, agravamentos de 19,2% e de 47,6%.
O relatório revela ainda que o Sistema de Metro Ligeiro apresenta um custo operacional de 2,97 cêntimos por lugar/quilómetro oferecido (o que representa uma melhoria de 16,4% relativo ao período homólogo anterior) e de 22,52 cêntimos por passageiro/quilómetro (menos 29,6% que em igual período de 2004).
Onde o Metro do Porto perde mais dinheiro é no Funicular dos Guindais (que liga as zonas da Ribeira e da Batalha), que representa um custo operacional de 71,78 cêntimos por lugar/quilómetro oferecido e de 5,22 euros por passageiro/quilómetro transportado, o que reflecte agravamentos da ordem dos 44% e dos 35%, respectivamente.
As contas das Metro do Porto integram, pelo método de consolidação proporcional, as contas dos Transportes Intermodais do Porto, Agrupamento Complementar de Empresas (ACE) que é a entidade responsável pela gestão do sistema Andante, bilhete único dos transportes colectivos do Porto.
O capital dos TIP é detido, em partes iguais pela Metro do Porto, pela Sociedade de Transportes Colectivos do Porto e pela CP.
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